O SENTIDO DA VIDA (Por Jerônimo Peixoto)

Jerônimo Nunes Peixoto, 31 de Julho, 2020 - Atualizado em 31 de Julho, 2020

 

Em tempos conturbados por tantos dissabores, doenças, necessidades financeiras, desemprego, incertezas quanto ao amanhã, é mister perguntar a nós mesmos: quem somos? Como estamos? O que nos aflige e nos maltrata?

Haverá, dentre tantas possíveis respostas, a assertiva: a solidão. Essa sensação de, embora cercados de familiares, colegas, conhecidos e amigos, é o mal do século que impõe a quem lhe é paciente uma canga assaz pesada.
E os que estão à volta nem sempre percebem os sinais primeiros do "sentir-se só". Estranham-se comportamentos, mas não se percebe a hora exata de ajudar, de partilhar sem impor condições ou sem exigir atitudes dramáticas e muito custosas.

Enquanto isso, a solidão campeia deixando um rastro desolador, cujo resultado quase sempre é o indesejável: a perda do sentido de viver. À essa altura, o transtorno já se apoderou do ser e o aniquilou, tornando-o ávido por morrer, por não suportar a angústia em que se encontra. Daí para o suicídio o caminho é curto demais.

O que fazer? Em primeiro, agarrar-se a uma espiritualidade, tentando preencher os "vazios" que experimentamos. Funciona sempre! Mas é preciso ter espiritualidade equilibrada, sem laxismos e sem rigorismos.

Em segundo, ter confidentes em número reduzido, pois quem é conhecido, ou colega, não serve a esse fim, que exige amizade sincera, experimentada e comprovada. O confidente pode ser um de casa, mas é melhor alguém de fora, que se faz amigo-irmão ou irmão-amigo, sem pré-julgamentos, sem sentenças e sem reprovações. Amigo de verdade acolhe, ama, escuta, compreende, compade-se e aponta possíveis saídas. Se não as encontar em si, busca-as na exata medida de suas possibilidades.
Assim, munidos de espiritualidade e de uma boa amizade, encontramos o sentido da vida, mesmo imersos na dor, num vexame, num sofrimento que vem ou vinha corroendo a alma.

Façamos a experiência de nos deixar guiar por Deus, de desabafar com uma boa amizade. Para isso, é preciso nos deixar encontrar, saindo de nós mesmos.
Peçamos por todos os que estão perdendo o sentido da vida! Que Deus lhes aponte boas amizades.

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