Itabaiana: obra da Deso ajuda no combate a doenças causadas pela falta de saneamento

Redação, 18 de Novembro , 2019

O retorno do esgoto para a residência é sinal de que algo não está funcionando de forma adequada na rede de esgotamento do imóvel. Além do mau cheiro, a população de todo o bairro pode acabar sofrendo com a proliferação de doenças, geradas por bactérias, vírus e fungos, que podem causar diversas doenças, dentre elas, febre tifoide, poliomielite, esquistossomose, cólera, hepatite A, toxoplasmose e leptospirose (conhecida como a doença do rato), por exemplo.

Com as obras em andamento na cidade de Itabaiana, financiadas pelo Banco Mundial através do Programa Águas de Sergipe, a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) trabalha para que a comunidade não corra esse risco. “No tratamento, os detritos e matéria orgânica são separados da água para que ela seja devolvida limpa ao meio ambiente”, salientou o diretor de Meio Ambiente e Expansão da Companhia, Gabriel de Campos, ressaltando que o esgoto tratado evita a proliferação dessas e de outras doenças.

É importante ressaltar que no Brasil, as doenças de transmissão feco-oral (diarreias, febres entéricas e hepatite A) foram responsáveis por 87% das internações causadas pelo saneamento ambiental inadequado no período de 2000 a 2013, segundo dados do IBGE. Além das infecções transmitidas diretamente pela água contaminada, há também infecções causadas por mosquitos que se reproduzem em água parada, como dengue, chikungunya e febre amarela.

“A Organização Mundial da Saúde aponta que é de fundamental importância para a redução das diarreias, por exemplo, o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário adequado. Por isso, esse investimento de mais de R$ 47 milhões, através do Programa Águas de Sergipe, vai amparar as políticas de prevenção de uma série de doenças que, costumeiramente, corresponde à maioria dos atendimentos na rede básica de saúde do município”, argumentou Gabriel.

Por que separar água da chuva e esgoto?      

Os problemas aparecem quando as duas redes são interligadas indevidamente e isso pode ocorrer através de ligações mal feitas ou clandestinas. Quando as águas residuais da chuva  caem equivocadamente na rede de esgoto, aumentam as chances de extravasamentos, com o retorno do esgoto para as residências. Esse problema causa um enorme transtorno, pois toda a sujeira do esgoto acaba retornando para dentro de casa. Para evitar esse tipo de dor de cabeça, o projeto da Deso incluiu além do sistema de esgotamento, a estruturação de toda a rede de drenagem que atende a parte central do município serrano.

O caminho oposto é igualmente prejudicial. O destino de um esgoto despejado incorretamente na rede de drenagem pluvial leva diretamente a rios, lagos e mares, poluindo os mananciais. "Foi isso que aconteceu por muitos anos na cidade comprometendo a preservação do Açude da Marcela", lembra o gerente de Ações socioambientais da Deso, Ardilles Ferreira de Souza, ao ressaltar que com a nova rede, o esgoto passará a ser tratado na estação elevatória, em funcionamento desde 2017 com tecnologia ultravioleta.

 


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