Artesanato se torna ferramenta de tratamento para pacientes de saúde mental em Aracaju

Produções artesanais dos pacientes encantam o público em feiras populares na capital

Redação, 20 de Dezembro , 2019 - Atualizado em 20 de Dezembro, 2019

Os recursos para o tratamento de pacientes de saúde mental têm evoluído ao longo dos tempos, e o artesanato tem sido uma dessas ferramentas, a qualidade das obras tem impressionado o público que frequenta esse tipo de exposição em Aracaju a exemplo das feirinhas da Gambiarra e Universo. De artigos de decoração natalina a bijuterias, todas as peças são elaboradas com a supervisão da equipe multiprofissional da Equilíbrio Clínica Dia, o projeto tem impactado positivamente na melhora do quadro de saúde e na qualidade de vida dos pacientes.   

 

Para Dr. Levi Gama, médico assistente da Equilíbrio Clínica Dia, o trabalho artesanal possui grande função terapêutica. "Essa atividade melhora o padrão da atenção, que é um importante elemento do exame psíquico, a psicomotricidade fina, que consiste em ações como seguir linhas retas, colocar linha na agulha ou miçangas, além de desenvolver a criatividade a capacidade de invenção. Além disso, é também uma importante forma de conseguirmos acessar o pensamento do paciente através da expressão artística", relata Dr. Levi.   

 

Ticiana Lopes, psicóloga da Equilíbrio Clínica Dia, colabora. "Esse trabalho também pode ser um excelente instrumento de realização pessoal e reinvenção, pois ajuda o paciente a se reinventar e a desconstruir vários conceitos pré existentes, com novas descobertas sobre si mesmo", diz Ticiana.   
 

Para Michelle Nogueira, facilitadora da atividade de artes livres da Equilíbrio Clínica Dia, a palavra de ordem é mesmo descobrir. "Um dos fatos mais interessantes dessa oficina é que mesmo quando o paciente acha que não tem capacidade ou que não vai conseguir, ele se descobre. Há também a questão da autoestima, quando ele vê que conseguiu fazer algo que antes não poderia ser feito ele se sente feliz, realizado", explica Michelle.  
 

A professora conta que mesmo com desafios, a rotina é também bastante gratificante. "Às vezes o paciente chega triste, faz a aula e depois se sente mais feliz, sai melhor do que chegou.  
Muitos concentram-se tanto que esquecem de sair, de parar para perguntar outras coisas e esquecem alguns vícios, como mexer no celular, e continuam o trabalho até mesmo em casa ou após fim do tratamento. A arte transforma o ser humano", encerra Michelle. 

Fonte: Rodrigo Alves. Fotos: divulgação.  


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