Método inovador utiliza mosquitos para combater dengue

A estratégia consiste em infectar mosquitos aedes aegypti com a bactéria chamada Wolbachia, presente em 60% dos insetos na natureza.

Redação, 14 de Março , 2020 - Atualizado em 14 de Março, 2020


O Ministério da Saúde avalia expandir para todo o Brasil uma nova estratégia no combate ao mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya: o método Wolbachia. A estratégia consiste em infectar mosquitos Aedes aegypti com a bactéria chamada Wolbachia, presente em 60% dos insetos na natureza. A presença da bactéria no organismo do mosquito impede que ele transmita os vírus causadores das três doenças.

O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve em Campo Grande para o lançamento da estratégia, que será implementada incialmente em sete bairros da capital sul-mato-grossense. O ministro explicou, de maneira geral, como a bactéria evita que a dengue se propague:

“Os vírus da dengue, da chikungunya e da Zika têm lugar onde eles “sentam” para poder ser transmitidos para as pessoas. Essa bactéria ‘senta’ onde o vírus iria sentar e não permite que o vírus fique no mosquito. E essa bactéria contamina. Então, solta-se esse mosquito macho e ele contamina a “mosquita” fêmea e nascem os mosquitinhos todos com essa Wolbachia. E, com o tempo, como o vírus não tem onde ‘sentar’, não transmite mais a doença, já que a bactéria é inócua no ser humano”.

 

Até o fim de 2020, a estratégia Wolbachia também será implementada no município pernambucano de Petrolina e na capital mineira, Belo Horizonte. Outros municípios que devem receber o projeto são Foz do Iguaçu, no Paraná, Fortaleza, no Ceará, e Manaus, no Amazonas. O Ministério da Saúde já  investiu cerca de R$ 22 milhões para levar o método Wolbachia aos cidadãos brasileiros. A estratégia é implementada por meio de uma cooperação entre o Ministério, as secretarias municipais de saúde e a Fiocruz.

Para a implementação em Campo Grande, cerca de 2.500 profissionais de saúde foram capacitados e atuarão em ações de vigilância e mobilização. Mesmo com os avanços no combate ao Aedes aegypti, a melhor forma de prevenção ainda é evitar a proliferação do mosquito, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro. As instruções para o enfrentamento ao vetor precisam ser executadas por todos, como orienta o coordenador-geral de Vigilância em Arboviroses do Ministério da Saúde, Rodrigo Said: 

“Hoje, mais de 80% dos criadouros do mosquito são domiciliares. Então, a ação de controle é necessária, integrada de atividades do poder público, tanto do Ministério da Saúde, como das secretarias estaduais e municipais de saúde, aliado as ações de mobilização da população.” 

O método Wolbachia já foi implementado em 12 países, incluindo o México e a Colômbia. Os resultados preliminares apontam redução dos casos de dengue no Vietnã, na Indonésia e na Austrália, além dos casos de chikungunya, em Niterói, no Rio de Janeiro – onde mosquitos contaminados com a bactéria começaram a ser liberados em 2016. 

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.


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