Período de isolamento social registra alta de 63,6% na incidência de golpes na internet em SE

Redação, 15 de Maio , 2020

Mais pessoas navegando na internet a todo o tempo, procurando informações ou ainda no agora popularizado home office. Com as pessoas mais tempo conectadas, especialistas da área de segurança da informação alertam para o crescimento de golpes utilizando celulares, computadores e outros dispositivos que estão conectados à internet. De acordo com dados da Coordenadoria de Análise e Estatística Criminal (CEACrim), da SSP, em comparativo entre os dias 21 de março e 17 de abril do ano passado e de 2020, houve um aumento de 63,6% nos registros de crimes de estelionato no ambiente virtual. Assim, a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) destaca os casos mais comuns e traz orientações para evitar ser vítima de golpes na rede mundial de computadores.

Dentre os principais golpes na internet, está o “phishing”. Nesse golpe, cibercriminosos enviam e-mails ou mensagens falsas para os dispositivos das vítimas. As mensagens enviadas por eles parecem ser verídicas, vindas de empresas ou instituições públicas, como bancos e operadoras de cartões de crédito, por exemplo. Essas comunicações trazem pedidos de atualização, validação ou ainda confirmação de informações da conta de potenciais vítimas, que, ao clicarem nos endereços eletrônicos presentes nesses conteúdos, são redirecionadas a um site falso, onde os cibercriminosos passam a ter acesso à conta (incluindo dados pessoais e financeiros) e começam a realizar ações fraudulentas.

Em Sergipe, segundo os dados da CEACrim, entre os dias 21 de março e 17 de abril deste ano, período em que começou a vigorar as medidas de isolamento social em decorrência do enfrentamento à pandemia do Coronavírus, foram registradas 54 ocorrências relacionadas a estelionato virtual. No mesmo período do ano passado, esse número foi de 33. Um aumento de 63,6% na incidência de casos envolvendo golpes na internet. 

A delegada Rosana Freitas, da DRCC, contextualizou o funcionamento dos principais golpes no ambiente virtual. “Nesse período de quarentena, em que as pessoas têm se utilizado mais da internet, temos observado uma intensificação no número de golpes praticados por esse mecanismo, através das redes sociais, da internet. Estamos vendo diversos aplicativos falsos sendo utilizados para captar dados das pessoas, para encaminhar softwares maliciosos para invadir celulares das pessoas. Temos ainda os auxílios emergenciais sendo ofertados por meio de aplicativos, e esse mecanismo disponibilizado através da internet, para ajudar as pessoas e facilitar o acesso, tem sido utilizado por infratores para tentar chegar à população e fazer com que ela forneça dados, senhas, cartões. Há ainda a oferta de produtos a baixo preço para atrair consumidores. É uma infinidade de golpes que está sendo cada vez mais comum”, pontuou.

“Os golpes envolvendo WhatsApp partem sempre de uma falsa história, para convencer as pessoas a fornecerem o número de seis dígitos, que é enviado por SMS para o aparelho da vítima. Para habilitar um WhatsApp em outro aparelho, por questão de segurança, o aplicativo envia, para o titular da conta, uma mensagem de SMS contendo seis dígitos que precisa ser digitado no novo aparelho”, complementou.

Atenção no WhatsApp

Rosana Freitas explicou que o código de verificação do aplicativo não deve ser fornecido a terceiros. Esse código habilita o uso do WhatsApp em outros aparelhos celulares e bloqueia a conta da vítima, possibilitando as ações criminosas.

“Os infratores têm se utilizado de falsas informações, abordando profissionais da saúde, alegando que foram selecionadas para um cadastro de emprego; ou pessoas que teriam perfil para receber o auxílio emergencial do governo, dizendo que foram selecionadas para o recebimento do auxílio. Para tanto, eles pedem que a pessoa forneça o código de seis dígitos. Com esse código, conseguem habilitar o WhatsApp em outro aparelho, fazendo com que a conta fique bloqueada no aparelho da vítima. Daí, eles passam a pedir dinheiro para os contatos da vítima, solicitando em nome da pessoa, depósitos em conta que geralmente são de outros estados”, detalhou.

Nos casos em que seja recebida uma mensagem, em nome de um contato, pedindo dinheiro, ela alerta para a conferência dos dados ali presentes. “Verifique o número do banco, da agência de onde é essa conta, basta uma pesquisa simples na internet. Não faça o depósito antes de confirmar com a pessoa se ela realmente está pedindo”, ressaltou.

Links falsos

A delegada também destacou os golpes envolvendo os links falsos. “Os links falsos são disponibilizados nas redes sociais das pessoas, e levam a acreditar que elas estão adquirindo um produto junto a uma grande loja, quando na verdade está acessando um site falso, que vai pegar seus dados, do cartão de crédito. Esses dados os infratores utilizam para fazer compras nos nomes das vítimas. Esses links falsos geralmente trazem nomes de grandes lojas. Então, deixamos a orientação para que não clique em links disponibilizados nas redes sociais. Entre no site diretamente e confira se a oferta é verdadeira. Digite o site no campo específico. Não acesse o site através de um link disponibilizado na rede social”, alertou.

Home office

Com muitas pessoas trabalhando de casa, em computadores pessoais, os cibercriminosos passaram a focar, também, no público que está desempenhando suas atividades dentro de casa. “É importante também que as pessoas que estão trabalhando em home office mantenham os computadores atualizados, tenham um bom antivírus, evitem clicar em e-mais, mesmo institucionais, que lhe pareçam estranhos, diferentes. Os infratores têm abordado esse público. Eles têm mandado muitos e-mails falsos, até para o e-mail institucional, corporativo. Como muitos profissionais estão trabalhando de casa, acabam acessando essas mensagens acreditando que se trata de uma informação institucional, oficial, quando na verdade são e-mais que encaminham softwares maliciosos, para invadir o computador pessoal ou captar os dados”, Rosana Freitas concluiu alertando.

Fonte: SSP/SE


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