IFS entrega cestas básicas às famílias de alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica

As cestas foram adquiridas diretamente dos agricultores familiares com recursos do PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar

Redação, 12 de Julho , 2020 - Atualizado em 12 de Julho, 2020


O Instituto Federal de Sergipe distribuiu aos alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica de todos os campi cestas básicas provenientes da agricultura familiar. Os alimentos foram comprados com recursos do PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar. "Os recursos somam quase meio milhão de reais. Com eles, foram compradas cerca de 95 toneladas de alimentos. Cada cesta pesa mais ou menos 33 kg e possui 15 itens. As cestas vão atender, no total, 2.877 alunos", destaca Ider de Santana Santos, Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional.

As cestas são divididas em duas. As perecíveis são compostas por 2 kg de batata inglesa, 2 kg de cebola, 2 kg de chuchu, 1 kg de repolho, 2 kg de batata doce, 2 kg de inhame da costa, 2 kg de macaxeira a vácuo, 2 kg de tapioca a vácuo e 1 litro de mel. Já as não-perecíveis possuem 5 kg de arroz, 2 kg de açúcar, 5 kg de feijão, 3 kg de flocão de milho, 2kg de farinha de mandioca e 750 g de café torrado e moído. "Cada campus recebeu uma quantidade de cestas básicas de acordo com a demanda. O campus Aracaju por ser o maior, recebeu 1.036 cestas; São Cristóvão, 501; Lagarto, 389; Estância, 334; Itabaiana, 329; Nossa Senhora da Glória, 96; Nossa Senhora do Socorro, 76, mesma quantidade de Tobias Barreto e; Propriá, 41 cestas", detalhou Ider Santana.

Para o estudante Fábio Henrique de Souza, do 3º ano do curso integrado em Química, do Campus Aracaju, as cestas vão ajudar muita gente, já que muitas famílias perderam poder aquisitivo. "As cestas básicas vão contemplar as famílias que estão passando por uma situação difícil por causa da pandemia. O IFS ajudando com as cestas, ajuda os alunos a terem um desempenho melhor nos estudos e na preparação do aluno para o ENEM, pois ajuda a família como um todo já que muitas perderam emprego ou tiveram diminuição na renda", declarou Fábio Henrique.

No interior, a situação é ainda um pouco mais delicada. Basta ler os depoimentos dos estudantes. "O IFS está fazendo uma coisa bela, tem muita gente que está precisando. Alimentação é essencial pra todos", revelou Matheus Vinicius de Alencar Souza, do 7º período do curso superior em Laticínios, do Campus Glória, localizado no Sertão Sergipano. Ou o agradecimento pela chegada das cestas básicas do aluno Maxuel dos Santos, do Campus Socorro. "Talvez não existam palavras suficientes e significativas que me permitam agradecer com justiça, com o devido merecimento. Mas é tudo que posso fazer, usar palavras para agradecer. Essa ajuda e apoio foram muito importantes acredito que para todos. Muito obrigado com todo o carinho e coração. Para sempre minha enorme gratidão".

E não é só dos alunos que vêm a gratidão pelos alimentos recebidos. Os pais deles também, como é o caso de Edneuza dos Santos Pereira, mãe de Carlos Henrique, do curso de Agronegócio, do Campus Itabaiana. "Isso pra gente é uma bênção e esta escola também é uma bênção. Eu só tenho a agradecer por meu filho estar nela, porque além de ajudar meu filho, está ajudando a gente também, todas nós, mães, que têm filhos no IFS. A situação que estamos passando com tudo isso só sabe Deus", disse, emocionada, Edneuza Pereira.

VULNERABILIDADE SOCIAL NO BRASIL
O país atingiu a menor taxa de pobreza no ano de 2014, mas após a crise econômica e o descompasso das contas públicas, o Brasil viu o índice aumentar em 2017. De acordo com dados da FGV - Fundação Getúlio Vargas, entre estes três anos, mais de 23,3 milhões de pessoas foram incluídas entre aqueles que estão abaixo da linha da pobreza. Não há números atualizados depois da pandemia da Covid-19, mas, de acordo com especialistas, com a taxa de crescimento econômico em livre queda, a situação é bem pior, pois o aumento da pobreza não é resultado de decisões tomadas na área social, mas, sim, na economia, com criação de emprego e renda, tão prejudicados com a pandemia.

A AGRICULTURA FAMILIAR
De acordo com Ruth Sales, reitora do IFS, além de estar ajudando as famílias de estudantes da instituição, também está ajudando a agricultura familiar. "É uma via de mão dupla. Porque assistimos nossos alunos e, com a compra desses alimentos, a diversas Associações e Cooperativas. Portanto, ajudamos ainda os trabalhadores rurais da agricultura familiar que também estão passando por dificuldades nesse período de pandemia", avaliou.

Entende-se por agricultura familiar aquela em que todo o cultivo e mão de obra são realizados pela própria família em pequenas propriedades de terra e a produção é destinada à subsistência do produtor rural e ao mercado interno do país. Existem aproximadamente 4,4 milhões de famílias que cultivam alimentos desse tipo de produção no Brasil. Elas são responsáveis por gerar renda para 70% dos brasileiros no campo, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 80% de toda a comida do planeta venha da agricultura familiar.

Por: Ascom IFS

 


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