O futuro de mais de 300 funcionários da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) está incerto após o anúncio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) feito pelo presidente da empresa, Luciano Góes, em entrevista na última quarta-feira (11). A medida deve ser formalizada na próxima semana.
O dirigente da Deso afirmou que a empresa passa por um momento de reestruturação e que a redução do quadro de funcionários é necessária para “garantir a sua sustentabilidade financeira”. Ele não descartou a possibilidade de demissões em massa caso não haja o PDV.
A notícia do PDV causou grande impacto nos trabalhadores da Deso, que se sentem ameaçados e inseguros quanto ao seu futuro profissional. O Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento de Sergipe (SINDISAN) criticou a falta de diálogo da empresa com os funcionários e com o sindicato e prometeu entrar com uma ação no Ministério Público do Trabalho (MPT) para garantir os direitos dos trabalhadores.
“O SINDISAN informa que qualquer discussão sobre reestruturação da Companhia deve ser feita com a participação dos representantes do sindicato, e que se esse não for o caminho, acionará o Ministério Público do Trabalho para fazer valer o Acordo Coletivo de Trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras da DESO.”
O SINDISAN destaca que o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) não está sendo respeitado e que os trabalhadores estão sendo pressionados a aderir ao PDV.
A concessão dos serviços da Deso à empresa Iguá Saneamento, prevista para meados de 2025, é vista como o principal motivo para as mudanças na companhia.