Indústria de fertilizantes em Maruim impulsiona desenvolvimento regional e produção agrícola

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Governo de Sergipe incentiva fábrica com a concessão de benefícios fiscais por programa gerido pela Codise

Uma indústria de fertilizantes localizada no Núcleo Industrial de Maruim vem se destacando não apenas pela sua capacidade produtiva, mas também pelo impacto positivo no desenvolvimento local e regional. Recebendo incentivos fiscais do Governo de Sergipe por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), gerido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), a fábrica da Adumar Fertilizantes gera 51 empregos diretos e indiretos, e tem produção mensal entre 5 mil e 10 mil toneladas de fertilizantes.

A indústria faz parte do Grupo José Augusto Vieira, responsável pela marca Maratá. A planta industrial da Adumar Fertilizantes tem uma capacidade de armazenamento de até 30 mil toneladas de matérias-primas. Um sistema de automação garante precisão e qualidade na mistura para garantir a efetividade do produto final, conforme explicou o gerente industrial, Fabiano Morais Santana: “Misturamos os macronutrientes (matérias-primas), os micronutrientes e aditivos, nas concentrações exatas que os clientes precisam de acordo com a necessidade do solo, e o produto final já sai pronto”.

A fábrica atende a diversas culturas agrícolas. Em Sergipe, entre os cultivos que mais recebem fertilizantes da fábrica estão cana-de-açúcar, citricultura e milho. “Temos fertilizantes para qualquer tipo de solo e cultivo. Além do mercado de Sergipe, alcançamos também outros estados como Bahia, Alagoas, Maranhão e até Goiás”, comentou Fabiano.

Dentre os principais produtos da fábrica, destaca-se a linha especial Unitro+, que oferece proteção adicional aos fertilizantes, como a ureia protegida. Com um ano de operação e uma capacidade produtiva que pode chegar a 20 mil toneladas de fertilizantes por mês, ela segue em processo de expansão, com projetos futuros como a criação de um laboratório próprio para análises dos fertilizantes, garantindo ainda mais qualidade aos produtos.

Impactos socioeconômicos e ambientais

A atuação da empresa tem beneficiado tanto a economia quanto a qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade ao seu redor, a exemplo do operador de painel Renesson dos Santos. Residente de Rosário do Catete, ele compartilha a mudança positiva que a proximidade do trabalho trouxe para a sua qualidade de vida. “Antes eu trabalhava em Aracaju e tinha que viajar todo dia para a capital. Mas agora com essa oportunidade, eu trabalho perto de casa”, relata.

No aspecto ambiental, a engenheira Daniela Sandes destaca o compromisso da indústria com a sustentabilidade. “Todos os fertilizantes produzidos são 100% monitorados, e temos controle rigoroso para garantir que não haja contaminação do solo. O processo é monitorado e conta com prestação de contas aos órgãos ambientais, o que reforça nosso compromisso com a comunidade e o meio ambiente”, explica.

Para Cícero Faustino, coordenador de produção e que trabalha na área de fertilizantes há 20 anos, a formação de uma equipe engajada é um dos fatores essenciais para o sucesso da operação: “Um dos principais aprendizados que adquiri com esse trabalho é o dia a dia com a equipe. Em 90% do meu dia estou acompanhando o processo junto com o pessoal, dando o apoio que eles precisam para fazer a fábrica rodar”.

PSDI

O Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI) desempenha um papel estratégico na descentralização do desenvolvimento em nosso estado, oferecendo incentivos fiscais e locacionais para atrair mais negócios para os municípios.

“Nossa missão na Codise é criar condições para que as indústrias se instalem, gerando empregos, renda e oportunidades em diversas regiões, fortalecendo a economia local e melhorando a qualidade de vida das pessoas”, destaca Ronaldo Guimarães, presidente da Codise.

A companhia é responsável pelo gerenciamento do PSDI e dos Núcleos e Distritos Industriais de Sergipe. Ela é vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), e ainda é a unidade gestora do Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI), órgão que analisa e aprova a candidatura das empresas que desejam receber benefícios fiscais, locacionais e estruturais no PSDI.

“O CDI é a porta de acesso das empresas ao PSDI. O Conselho é a entidade que salvaguarda a relação de confiança entre empresário e governo, na qual ambos se beneficiam. Enquanto a indústria recebe incentivos que garantem melhores condições de funcionamento, o Estado ganha com a geração de empregos e de renda”, ressalta o secretário da Sedetec, Valmor Barbosa.

Foto: Erick O’Hara

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