SBU/SE adere à campanha nacional de prevenção ao câncer de próstata, ‘Novembro Azul’

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Doença silenciosa é a responsável pela morte de um brasileiro a cada 30 minutos. INCA prevê 830 casos da doença em Sergipe/ano, até 2025. A Sociedade Brasileira de Urologia enfatiza que aguardar sintomas pode diminuir as chances de cura.

O câncer de próstata é o segundo tumor mais incidente entre os homens brasileiros, excetuando-se o de pele. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam para 71.730 novos casos da doença em 2024, ou seja, 196 diagnósticos de câncer de próstata por dia. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, no Brasil, em 2023, foram registrados 17.093 óbitos em decorrência dessa neoplasia, portanto, 47 mortes por dia, uma a cada 30 minutos.

Embora a doença seja predominante em todas as regiões do Brasil, o câncer de próstata é a neoplasia mais incidente do Nordeste brasileiro (73,20 a cada 100 mil habitantes), seguido do câncer de mama feminina (52,20/100 mil) e da neoplasia do colo do útero (17,59/100 mil). Em Sergipe, a estimativa é de 830 casos/ano de tumor maligno prostático, sendo 230 deles diagnosticados somente na capital, Aracaju.

Diante de dados tão alarmantes, a Sociedade Brasileira de Urologia realiza mais uma edição do “Novembro Azul”, mês destinado à intensificação dos trabalhos de conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde global masculina, através da realização periódica de exames e consulta com o especialista, visando a prevenção de doenças ou detecção em estágio inicial, aumentando as chances de cura, como no caso do câncer de próstata.

A Sociedade Brasileira de Urologia – Seccional Sergipe (SBU/SE) aderiu à campanha nacional, e durante todo o mês de novembro, os médicos urologistas de Sergipe darão ainda mais ênfase às dicas sobre a doença, e realizarão a busca ativa dos pacientes.

Além do trabalho já realizado nos consultórios, os urologistas também participarão de palestras e, no dia 30 de novembro, está previsto um mutirão de atendimento clínico em instituições da capital, com a realização do exame do toque retal e exames laboratoriais complementares à avaliação da saúde do homem. Os locais onde as ações serão realizadas, e como os interessados deverão fazer para participar, serão divulgados posteriormente.

De acordo com o vice-presidente e presidente interino da SBU/SE, Dr. Weslley Santiago, os urologistas têm focado na necessidade de os homens cuidarem da saúde de uma maneira ampla e integral, pois os fatores que causam o câncer de próstata, além da hereditariedade, também estão ligados aos hábitos alimentares, e de vida.

“E esse cuidado com a saúde deve ser iniciado desde cedo, para que o homem também tenha o hábito de fazer consultas periódicas. Pesquisas mostram que uma mulher, ainda adolescente, vai 18 vezes mais ao ginecologista do que o homem ao urologista, nesta mesma fase da vida. Esse exemplo das mulheres também precisa ser seguido pelo público masculino”, comentou Dr. Weslley Santiago.

Entre os fatores de risco para o surgimento do câncer de próstata estão o sedentarismo, a obesidade, o consumo abusivo de álcool e tabagismo, além da má alimentação e ingestão de alimentos ultraprocessados.

Público-alvo da doença e sintomas do câncer de próstata

A SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada, tendo como objetivos o esclarecimento e o diagnóstico precoce do câncer da próstata. Os homens que fazem parte do grupo de risco (afrodescendentes, com histórico da doença em parentes de primeiro grau, ou com obesidade) devem receber orientações médicas já a partir dos 45 anos.

A análise inicial da próstata é feita através da dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA) no sangue, e do exame de toque retal. Em casos suspeitos, é solicitada a biópsia da próstata para evidenciar, ou não, a possível presença da doença. O presidente em exercício da SBU/SE, o urologista Weslley Santiago, ressalta que o câncer de próstata é uma doença silenciosa, e que quando os sintomas surgem, geralmente o problema já está em fase avançada, e com menor chance de cura.

“Apesar de não serem sintomas exclusivos do câncer de próstata, em fases mais avançadas podem surgir sangue na urina ou no sêmen, micção frequente – inclusive no período noturno, fluxo urinário fraco ou interrompido, disfunção erétil, dores ósseas e no baixo ventre. Porém, quando descoberta na fase inicial, a doença tem grande chance de cura, por isso é importante as idas ao urologista de modo preventivo, para que seja feito o exame de toque retal e solicitada a medida do PSA, que são medidas complementares para um diagnóstico preciso”, aconselhou dr. Weslley Santiago.

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