Na manhã desta quina-feira (14), durante o pequeno expediente na Câmara Municipal de Aracaju (CMA) a vereadora Sonia Meire (PSOL) utilizou a tribuna para repudiar o ataque e a perseguição do governo Mitidieri contra o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (SINTESE), Roberto Silva. O governador Fábio Mitidieri acionou a Procuradoria Geral do Estado (PGE) para impedir a paralisação dos profissionais e pediu a abertura de inquéritos penal e civil contra o presidente do sindicato dos professores.
“Peço licença para ler um manifesto do SINTESE sobre a ação judicial. É uma ação judicial que escancara a perseguição do Governador de Sergipe contra os professores da rede pública estadual. Ele solicitou a abertura de inquérito policial contra o presidente Roberto Silva, presidente do Sintese. Em litígio com o sindicato desde o início, Fábio tem promovido ataque sistemáticos contra movimentos sindicais e sociais no estado. As ofensas e as atitudes ditatoriais tem sido frequentes, com vistas em destruir a reputação dos trabalhadores perante a opinião pública. Desta vez o gestor parece ter extrapolado os limites ao tentar ‘dar um recado’ a categoria agindo individualmente contra o seu presidente, considerando um dirigente sindical de conduta ilibada e cumpridor da sua função de professor na sala de aula concomitantemente ao papel de liderança em defesa do magistério”, disse Sonia Meire.
A vereadora continuou lendo a nota que ainda diz que além desta ação autoritária, o Governador também pediu o bloqueio das contas do SINTESE e a penalidade de multa diária de R$250.000,00 mil por qualquer movimento de paralização dos servidores para cobrança dos direitos básicos para categoria. Na terça-feira (12), os trabalhadores da educação cruzaram os braços contra a falta de diálogo e a tirania do Governador. Desde o ano passado, não há negociação com sidicato e nem respeito as pautas da categorias. O diálogo não foi reaberto e os professores amargam a falta de valorização, com gratificações congeladas e 12 anos de empobrecimento.
O inquérito penal é “para apurar crime de desobediência às ordens judiciais por parte do seu presidente, senhor Roberto Silva dos Santos”. E o cível é para “apurar a prática de condutas antissindicais pelo sindicato demandado, com a apuração de eventual responsabilidade civil pelos danos causados à educação em decorrência dos reiterados movimentos ilegais de paralisação”.
“Eu vim aqui nessa tribuna nessa manhã declarar de público mais uma vez o meu apoio a categoria do magistério e apelar, e exigir que o governador abra a mesa de negociação, recomponha os direitos dos trabalhadores, porque somos nós, professores e professoras que garantem de fato a qualidade da educação básica no chão da escola de todo o estado de Sergipe, demonstrado por todas as escolas, inclusive com os resultados da prova do ENEM, com o sucesso dos alunos e alunas da rede estadual. Inclusive, lutar não é crime Governador. Exigimos garantias de direito e a não perseguição de professores e professoras”, finalizou a vereadora.