O Tribunal do Júri que julga os três ex-policiais rodoviários federais acusados pela morte de Genivaldo Santos chega ao seu último dia nesta sexta-feira, 6. Após 11 dias de intensas deliberações no Fórum de Estância, no interior de Sergipe, será definido se os réus William Barros Noia, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e Kleber Nascimento Freitas serão absolvidos ou condenados.
Os ex-agentes respondem pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado, sendo acusados de responsabilidade na morte de Genivaldo, que ganhou repercussão nacional devido à gravidade das circunstâncias.
A sessão desta sexta-feira será conduzida pelo juiz federal Rafael Soares, da 7ª Vara Federal de Sergipe, que preside o Tribunal do Júri. A etapa final começa com a apresentação das teses da defesa, que terá 50 minutos para cada réu, totalizando 2h30 de argumentação. O Ministério Público Federal (MPF) e a assistência de acusação já iniciaram seus debates e poderão apresentar réplica, com duração de até 2 horas. Caso ocorra, a defesa terá direito a tréplica, igualmente com duração de 2 horas, dividida em 40 minutos para cada réu.
Após a conclusão dos debates, o Conselho de Sentença se reunirá para responder a quesitos formulados pelo presidente do Júri, determinando o veredicto final. Em caso de condenação, o juiz Rafael Soares anunciará as sentenças.
O caso é um marco no debate sobre a conduta de agentes públicos no Brasil e é acompanhado de perto pela sociedade, refletindo a luta por justiça e pela responsabilização em situações de abuso de poder.