Presidente do Sinpol denuncia monitoramento e perseguição a diretoria sindical

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Jean Rezende aponta prática inédita em Sergipe e aciona Polícia Federal para investigar o caso.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol), Jean Rezende, denunciou monitoramento e perseguições contra a diretoria da entidade sindical. A declaração foi dada em entrevista ao Jornal da Fan nesta quarta-feira (18). Segundo Jean, as ações teriam começado após um caso envolvendo um estagiário que conduzia um veículo com registro de roubo ou furto, com assinatura de uso por um delegado de polícia.

Denúncia de perseguições administrativas

Jean afirmou que, após o ocorrido, a gestão da Polícia Civil intensificou perseguições internas, incluindo alterações na equipe de investigação do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV). Ele destacou a remoção de um oficial experiente da investigação para realizar atividades de menor complexidade, como preenchimento de boletins de ocorrência.

Isso vai na contramão da eficiência do serviço público”, argumentou o presidente, reforçando que tais mudanças são prejudiciais ao desempenho da corporação.

Monitoramento e identificação de veículos

Rezende revelou que membros do sindicato têm sido seguidos por veículos suspeitos, cujos condutores já foram parcialmente identificados. “Identificamos e plotamos esses veículos, como se diz no jargão policial, e algumas pessoas que os conduzem já foram reconhecidas”, relatou.

Sem apontar diretamente os autores das ações, Jean questionou: “A quem interessa a perseguição de dirigentes sindicais em Sergipe? Quem é o mandante desse absurdo?

Encaminhamento à Polícia Federal

Devido à gravidade das denúncias e à proteção legal garantida ao sindicalismo, o Sinpol encaminhou as informações à Polícia Federal. Jean explicou que a decisão de não denunciar à própria Polícia Civil foi motivada pela falta de resposta adequada a episódios anteriores.

Ele citou como exemplo o caso do estagiário, que teria sido registrado como “fato atípico”, minimizando a ocorrência de crimes. “Temos que levar a uma instância que realmente reconheça a gravidade do problema”, justificou o presidente.

Próximos passos

O Sinpol aguarda o avanço das investigações e reforça a importância de garantir a imunidade legal do sindicalismo. Jean Rezende destacou que a entidade permanecerá firme na defesa de seus direitos e na busca por respostas sobre as perseguições.

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