ENXERGANDO MUITO ALÉM DO HORIZONTE

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Até hoje parece que a chegada do curso Científico, no Colégio Estadual Murilo Braga, em 1969, foi um acontecimento excelente para os estudantes Itabaianenses.
Mas não foi só isso.
Talvez nem mesmo o autor dessa façanha, parafraseando o Belchior, apenas um rapaz latino-americano sem lá muito dinheiro, sem parentes importantes na capital, e vindo do interior, um lutador serrano de nome José Augusto Machado, tenha tido depois a exata noção da grandeza do seu feito; muito além das salas do velho colégio.
Em 1972, quando passava no concorridíssimo vestibular, da então nova Universidade Federal de Sergipe, a primeira cacada de ceboleiros concludentes do Ensino Médio no Murilo Braga, também começavam as primeiras obras d’artes para o asfaltamento da BR-235, que se completaria até 1974.
Como parte do apoio social à obra, contou-me Hênio Araújo, candidato a prefeito em 1966, e um dos entusiastas iniciais do supracitado Científico, que, uma equipe do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, o DNER esteve em palestra no então recente Rotary Club de Itabaiana, para alertar que o asfalto, traria óbvia melhoria no trânsito, mormente para a capital; mas que isso poderia significar, a médio prazo, uma maior fuga de habitantes para a mesma, se não fossem tomadas medidas de atração para Itabaiana.
Ninguém pensou que um poderoso argumento de atração da cidade já estava em marcha: um Ensino Médio, existente em Itabaiana, que a partir de 1972 passou a despejar cada vez mais vestibulandos nas variadas faculdades que foram surgindo na supracitada Universidade.
Dessa forma, não só as chances da estudantada pobre mudaram; mas o próprio destino da cidade que passou a atrair cada vez mais os estudantes pobres e remediados das outras cidades. E suas famílias.
Com a completude do Científico no Murilo Braga, Itabaiana voltou a ser um polo de atração regional. Depois veio rádio, irrigação, multiplicaram-se as agências de serviço como clínicas e outros, e hoje a cidade é uma espécie de capital regional.
Um pouco pela teimosia e ousadia, de José Augusto Machado, que será homenageado nesta sexta-feira, 20 de dezembro, em Sessão Solene da Academia Itabaianense de Letras, aberta ao público, como de praxe, a realizar-se no plenário da tricentária Câmara Municipal de Itabaiana, a partir das dezenove e trinta.

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