Armas serviriam à prática de homicídios, latrocínios e roubos e foram apreendidas em ações policiais preventivas e repressivas das polícias Militar e Civil
Diante do enfrentamento qualificado à criminalidade em todo o território sergipano, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) registrou a apreensão de mais de 800 armas de fogo e mais de 6 mil munições em ações e operações deflagradas pelas polícias em Sergipe durante o ano de 2024, conforme mapeamento feito pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACrim). A retirada de circulação desses armamentos ilegais integra o planejamento operacional e estratégico para redução da incidência de crimes contra a vida – homicídios e latrocínios – e contra o patrimônio – roubos.
Para alcançar a efetividade das operações de apreensão de armas ilegais, as forças de segurança contam com informações estratégicas obtidas pelos setores de inteligência das polícias e por denúncias encaminhadas pela população. “A nossa Agência Central de Inteligência (ACI) tem atuado para direcionar o policiamento para agir de forma estratégica em abordagens e bloqueios policiais para apreensão de armas”, ressaltou o tenente-coronel Edson Oliveira, subchefe da Assessoria de Comunicação da Polícia Militar.
Além das informações coletadas pelas agências de inteligência, as operações de enfrentamento à criminalidade também geram apreensão de armas de fogo. “Geralmente, em pontos de venda de drogas as equipes encontram armas de fogo, e esses armamentos também são utilizados na prática de homicídios. Então, estamos atuando para retirar armas das mãos dos criminosos”, evidenciou o delegado-geral da Polícia Civil, Thiago Leandro, ressaltando ainda as informações que são recebidas pela Divisão de Inteligência (Dipol).
Principais armas apreendidas em Sergipe
Ao todo, as ações e operações deflagradas pela polícias Militar e Civil em todo o território sergipano resultaram na apreensão de 802 armas de fogo ilegais que serviam à prática de crimes em Sergipe. Dentre os principais armamentos ilegais retirados de circulação no território sergipano durante todo o ano de 2024, conforme o levantamento feito pela CEACrim, estão revólveres (376 armas); pistolas (175); espingardas (116); e armas de fogo de fabricação caseira (66).
Procedimentos após apreensão de armas
Quando a Polícia Militar apreende uma arma de fogo ilegal e a ação resulta em prisão em flagrante, o suspeito e o armamento são encaminhados para uma delegacia da Polícia Civil, conforme explicou o tenente-coronel Edson Oliveira. “As nossas equipes conduzem o flagranteado com o material apreendido para a delegacia da área, onde é feito o procedimento de flagrante, sendo dado o encaminhamento ao caso pela Polícia Civil”, explicou o subchefe da Assessoria de Comunicação da Polícia Militar.
Nas delegacias e departamentos, a Polícia Civil registra os procedimentos referentes a cada caso, inclusive com instauração de inquérito policial e continuidade das investigações, conforme acrescentou o delegado-geral da Polícia Civil. Thiago Leandro citou ainda que a apreensão de armas ilegais é também política de valorização profissional do servidor da segurança pública. “Quando o policial apreende uma arma de fogo ilegal, recebe um valor, em conformidade com o potencial de letalidade daquele armamento”, contextualizou.
Operações de combate à criminalidade
Com o objetivo de evitar a entrada de novos armamentos ilegais em Sergipe, as forças de segurança pública têm atuado com operações preventivas, como é o caso da ‘Operação Divisa Segura’, da Polícia Militar. “Inclusive, quando há grandes eventos acontecendo em nosso estado, nós intensificamos essas operações que já são realizadas rotineiramente para evitar que que armas de fogo adentrem em nosso estado e coloquem em risco a segurança da nossa população”, enfatizou o tenente-coronel Edson Oliveira.
Tais operações policiais que resultam na apreensão de armas de fogo ilegais contribuem para redução dos indicadores de criminalidade em Sergipe. “Essas armas de fogo retiradas das mãos dos criminosos contribuíram com a queda dos números de homicídios, pois exames periciais já indicaram que a mesma arma foi utilizada em três a quatro crimes contra a vida praticados por autores diferentes. Cada arma que nós apreendemos é uma vitória para a polícia e para a sociedade sergipana”, destacou Thiago Leandro.
Colaboração da população
Denúncias e informações sobre posse e porte ilegal de armas de fogo em todo o território sergipano devem ser direcionadas às forças de segurança pública. Os casos identificados pela comunidade podem ser denunciados à Polícia Militar, por meio do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), no telefone 190, e também pelo Disque-Denúncia da Polícia Civil, no número 181. O sigilo do denunciante é garantido, e as informações contribuem com o trabalho da SSP no combate à criminalidade.
