As contas do Governo Central — que englobam o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central — registraram um déficit primário de R$ 11 bilhões em 2024, equivalente a 0,09% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado cumpre a meta fiscal estabelecida para o ano, que permitia um déficit de até R$ 27,7 bilhões.
Na comparação com 2023, houve uma redução significativa de 81% no déficit, que naquele ano foi de R$ 228,5 bilhões. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que o resultado de 2024 é o segundo melhor da década, evidenciando uma recuperação fiscal.
Ao considerar eventos extraordinários, como gastos com enchentes no Rio Grande do Sul, incêndios no Pantanal e na Amazônia, além de valores destinados ao Judiciário e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o déficit primário ajustado seria de R$ 43 bilhões, ou 0,36% do PIB.
Em dezembro de 2024, especificamente, o Governo Central registrou um superávit primário de R$ 24,026 bilhões, contrastando com o déficit de R$ 116,033 bilhões no mesmo mês de 2023. Esse desempenho positivo no último mês do ano contribuiu para o cumprimento da meta fiscal anual.