O Rio de Janeiro amanheceu nesta terça-feira (11) sob uma operação policial de grande porte no Complexo de Israel, na zona norte da capital fluminense. A ação, que envolveu agentes das Polícias Civil e Militar, teve como alvo desarticular uma facção criminosa que, segundo investigações, utiliza símbolos e práticas religiosas para consolidar seu poder no tráfico de drogas.
O caso ganhou destaque pela figura de Peixão, um traficante que construiu um império religioso-criminal no Complexo de Israel. Apropriando-se de elementos do evangelismo, ele instrumentalizou a fé para fortalecer sua influência sobre a comunidade local. Especialistas apontam que essa prática não é nova, mas o caso do Complexo de Israel ilustra de forma clara como a religião pode ser usada como ferramenta de controle e poder no contexto da violência urbana.
A operação policial revela a complexidade do combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro, onde facções criminosas se entrelaçam com aspectos culturais e religiosos da população. A ação também levanta debates sobre a necessidade de políticas públicas que abordem não apenas a repressão ao crime, mas também as raízes sociais e econômicas que permitem a ascensão de líderes como Peixão.