Na manhã da última terça-feira (6), o trabalhador Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, teve a vida interrompida de forma trágica ao tentar embarcar em um trem na estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. Ele ficou preso entre as portas do trem e da plataforma, em um acidente que agora é investigado pelas autoridades.
Filho de pedreiro, estudante de educação física e pai dedicado, Lourivaldo era um dos milhões de brasileiros que encaram diariamente o transporte público para buscar uma vida melhor. Morador de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, ele trabalhava como repositor de supermercado e tinha o sonho de concluir a faculdade para seguir carreira na área esportiva.
A caminho do trabalho, Lourivaldo acabou sendo vítima de uma falha ainda não explicada no sistema metroviário. Ele era casado e pai de três filhos — uma adolescente de 17 anos, de um relacionamento anterior, e duas crianças pequenas, de 5 e 4 anos, do segundo casamento. No próximo domingo, 11 de maio, Dia das Mães, ele completaria 36 anos.
A família, em choque, cobra respostas e justiça. O caso está sendo apurado pelo Instituto de Criminalística, enquanto a concessionária ViaMobilidade, responsável pela operação da linha, afirmou estar colaborando com as investigações. Segundo relatos, houve demora no atendimento à vítima.
Além das investigações técnicas, o episódio reacende o debate sobre a segurança nas estações, especialmente em horários de grande fluxo. Entidades e especialistas alertam que é preciso revisar protocolos e garantir maior rigor na operação das portas de trens e plataformas.