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80 ANOS DE UMA GRANDE COMEMORAÇÃO

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Amanhã faz 80 anos da presente foto da multidão.
Foi em 13 de maio de 1945. Dia da aparição de Fátima para o enorme rebanho católico. Mas não só isso, mesmo isso tudo tendo a ver.
Em 9 de maio o que restou do exército alemão assinou a rendição incondicional diante dos soviéticos, depois de mergulhar a Europa e o mundo na mais sangrenta, destrutiva e mortífera guerra que o mundo jamais vira.
Itabaiana, não ficou incólume na guerra. Aliás, um seu filho ficou entre as primeiras vítimas brasileiras, a dos navios covardemente abatidos pelo submarino alemão em águas sergipanas, e que inflamou o país; e por isso esteve, a partir de 1942, em estado de guerra, apesar de aparentemente tão distante do teatro de horrores.
A guerra, ao se iniciar, sempre divide a humanidade. Medrosos, prudentes, racionais, de um lado; e uma massa estúpida, inconsequente, que sempre vê o evento macabro como um brinquedo de pega-pega… e de lucro. Até aparecerem as montanhas de defuntos e espandongados.
Contudo, ao entrar 1945, mesmo aqueles que não foram diretamente afetados, e entre os vencedores, estavam exaustos; e os perdedores desesperados. Enfim, todos cansados da letal estupidez coletiva, que sempre esteve presente na história.
Às alvíssaras de esperança; e à convocação do Padre Eraldo Barbosa, a Praça se encheu naquele domingo, trazendo um laivo de alívio.
Caras reconhecidas, na foto, como dos músicos da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição, eternizados pela câmera de João Teixeira Lobo, o Seu Joãozinho Retratista, demonstram muito bem o peso simbólico daquele momento.

À frente da multidão, postada entre o coreto da Praça Fausto Cardoso e a matriz de Santo Antônio e Almas, músicos da Filarmônica Nossa Senhora da Conceição; reconhecível por este cronista, o maestro Antônio Silva (1), e logo à frente seu filho, o popular Nilo Base (2)

Logo, logo, a cidade também receberia seus filhos sobreviventes dos campos italianos, que foram vingar, entre outros, Diógenes Lima Carvalho, maquinista do navio auxiliar VITAL DE OLIVEIRA, afundado na costa do Rio de Janeiro, depois daquele fatídico agosto de 1942, em Sergipe(*).

No grupo de fotos, dois dos vazos afundados na costa sergipana, e que incendiaram o país por uma resposta; enterro das vítimas fatais; e três dos nossos heróis pracinhas ceboleiros, o primeiro, à esquerda, Seu João carteiro ou do cinema; a quem conheci pessoalmente.

(*) Luiz Antônio Barreto, Os náufragos, uma história sangrenta no mar de Sergipe. Republicado no sítio “Coisas de Socorro”, Quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012)

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