Advogado e escritor, autor de obras reconhecidas internacionalmente, destaca compromisso com a memória cultural sergipana
Em uma cerimônia marcada por emoção e reverência à cultura sergipana, o advogado e escritor Antônio Camilo tomou posse na cadeira nº 9 da Academia Sergipana de Letras (ASL), sucedendo o médico e poeta José Abud. O evento foi realizado no auditório da Universidade Tiradentes (Unit), em Aracaju, na presença de acadêmicos, autoridades, familiares e amigos.
Antônio Camilo tem uma trajetória literária iniciada nos anos 1980, com participações em publicações como o suplemento Arte e Literatura da Gazeta de Sergipe e a Revista Alvorada. Desde então, consolidou-se como um nome relevante na literatura sergipana, com nove livros publicados. Entre eles, destacam-se as biografias de figuras marcantes do estado, como Antonio Carlos Valadares – O Realizador de Sonhos e Carlos Magalhães – Magá.
Sua produção alcançou reconhecimento internacional. O livro A Família do Coração Imaculado de Maria no Brasil foi traduzido para o italiano e lançado em Portugal e na Itália em 2023. Já duas de suas obras foram selecionadas para integrar o acervo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos — um dos maiores centros de preservação literária do mundo.
Durante seu discurso de posse, Camilo destacou a honra e a responsabilidade de ocupar a cadeira que pertenceu a José Abud, ressaltando seu compromisso com a preservação da identidade e da memória cultural sergipana. “Recebo esta missão com humildade, gratidão e o firme propósito de contribuir com a nossa literatura e história”, declarou.
O presidente da ASL, José Anderson Nascimento, parabenizou o novo acadêmico e frisou a relevância da renovação no quadro da instituição. “Antônio Camilo traz consigo não apenas talento literário, mas também profundo respeito pela cultura do nosso estado”, afirmou.
A solenidade seguiu os ritos tradicionais da ASL, incluindo a imposição da beca e do colar acadêmico, a entrega do diploma e a leitura solene do termo de posse — símbolos da integração definitiva de Antônio Camilo à instituição que reúne os mais notáveis nomes das letras sergipanas.