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Argentina oficializa saída da OMS e critica politização das decisões da entidade

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Governo de Javier Milei alega que recomendações da Organização Mundial da Saúde se baseiam mais em interesses políticos do que em evidências científicas


O Ministério da Saúde da Argentina confirmou, nesta segunda-feira (26), que o país está oficialmente fora da Organização Mundial da Saúde (OMS). A medida, anunciada durante visita do secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr., segue um alinhamento com o governo norte-americano, que também declarou intenção de se retirar da entidade ligada à ONU.

De acordo com o comunicado oficial, a decisão foi motivada por críticas à atuação da OMS nos últimos anos, especialmente durante e após a pandemia de Covid-19. “A OMS optou por ampliar poderes que não lhe correspondem e condicionar a soberania sanitária dos países. Diante disso, é urgente repensar o papel de organizações supranacionais”, afirmou a pasta em nota.

A crítica central do governo argentino é de que as diretrizes da OMS teriam se afastado da ciência e sido moldadas por “interesses políticos”. A saída, segundo o Ministério da Saúde, visa recuperar a autonomia na formulação de políticas públicas e reforçar critérios técnicos baseados em evidências verificáveis.

Mudanças na área da saúde
Como parte do novo direcionamento, a Argentina anunciou mudanças em seus protocolos sanitários, incluindo a exigência de ensaios clínicos com placebo como padrão mínimo para a aprovação de vacinas e medicamentos. Um dos primeiros produtos a passar por esse novo modelo será um imunizante contra a Covid-19, que será reavaliado conforme os novos critérios.

O ministério, no entanto, negou qualquer retrocesso nas políticas de imunização. “Revisar não é negar: é exigir mais evidências, não menos”, declarou. Vacinas com eficácia comprovada e amplo consenso científico, como as usadas contra o sarampo, continuarão sendo aplicadas normalmente e com campanhas reforçadas.

Repercussão internacional
A decisão gerou reações diversas. Especialistas e ex-ministros de saúde argentinos alertam para os riscos de isolamento e para o impacto em programas de cooperação internacional em saúde. Por outro lado, setores alinhados ao governo de Javier Milei comemoraram a saída como “um passo em defesa da soberania sanitária”.

Com a ruptura, a Argentina poderá deixar de participar de pactos e estratégias globais de combate a pandemias, vigilância epidemiológica e acesso a vacinas em caso de emergência. A OMS ainda não se pronunciou oficialmente sobre a retirada do país.


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