A decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de não comparecer ao segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado, gerou divergências entre seus conselheiros. Enquanto alguns aliados consideraram a ausência uma estratégia equivocada, outros defenderam a postura do ex-presidente.
A presença de Bolsonaro no primeiro dia do julgamento foi vista por alguns como um sinal positivo, demonstrando disposição em enfrentar as acusações e respeitar o processo legal. No entanto, a ausência no segundo dia, quando a aceitação da denúncia era esperada, frustrou parte de seus apoiadores.
Auxiliares de Bolsonaro expressaram descontentamento com a decisão, argumentando que o ex-presidente perdeu a oportunidade de se posicionar diante dos ministros do STF e transmitir uma mensagem de resistência à sua base de apoio. A ausência foi comparada à falta de um “fight de Trump”, em referência à postura do ex-presidente dos Estados Unidos em momentos críticos de sua campanha.
Apesar das críticas, outros aliados de Bolsonaro defenderam a decisão, argumentando que a presença no segundo dia seria desnecessária e poderia gerar desgaste desnecessário. A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou sobre a ausência no julgamento.