Bailarino mirim representa Sergipe no VIII Grande Prêmio América Latina

Competição internacional acontecerá na Argentina, entre 27 de setembro e 5 de outubro, e reunirá a elite do balé latino-americano

Os passos do bailarino Philipe Cardoso Matos, de 12 anos, revelam seu talento gigante. Aluno da Escola Estadual Prof. Valnir Chagas, o menino embarcou na manhã desta quinta-feira, 26, para a cidade de Villa Carlos Paz, na província de Córdoba, na Argentina, onde participará, entre os dias 27 de setembro e 5 de outubro, do VIII Grande Prêmio América Latina (GPAL). Ele é o único representante masculino de Sergipe no evento, que é considerado uma das mais importantes competições de balé do mundo.

O GPAL é uma competição internacional de balé clássico e contemporâneo, em que jovens talentos de toda a América Latina competem pela obtenção de bolsas de estudos internacionais. O objetivo é incentivar e promover os jovens bailarinos a desenvolverem seu talento, buscando a excelência na técnica de dança, para alcançarem uma carreira profissional.

Philipe explica como garantiu sua vaga no GPAL. “Eu conquistei o primeiro lugar durante uma seletiva em Salvador, no mês de abril. Esse resultado me garantiu duas vagas em competições renomadas: uma realizada em Goiânia, no mês de julho, com a participação de mais de 2.500 bailarinos; e a outra no GPAL, na Argentina”, detalhou.

Confiante, mas também ansioso, o bailarino comenta que realizará duas apresentações na Argentina. A primeira é uma variação de ‘La Fille mal gardée’, um balé cômico francês que conta a história de uma viúva que deseja casar sua filha com um homem rico, apesar de a filha estar apaixonada por um camponês pobre. A segunda, uma variação de um balé contemporâneo, selecionada pela organização do evento, no qual o bailarino precisa estar bem preparado tanto na dança quanto no figurino.

“Ser um bailarino profissional sempre foi o meu sonho, e eu estou a um passo de realizá-lo. Por isso, estou muito focado nesta competição. Treino todos os dias, de uma hora e meia a três horas, para fazer bonito na minha apresentação. Se eu apresentar tudo o que sei e me sair bem, posso conquistar uma bolsa de estudos internacional – na Argentina, na Suíça, nos Estados Unidos ou no Canadá – e garantir o meu futuro no balé”, vislumbra.

Rede de apoio
Devido à ansiedade e à sobrecarga emocional do jovem bailarino, identificada por professores, a diretora da escola, Andreia Abreu, decidiu mediar um encontro entre Philipe e as profissionais do programa Acolher, a psicóloga Aurélia Barroso e a assistente social Macilene Matos, antes do embarque. O encontro aconteceu no ambiente escolar e foi considerado muito proveitoso tanto por parte das profissionais quanto por parte do aluno bailarino.

“Diante da sinalização da equipe diretiva da escola, do comportamento ansioso que Philipe vem apresentando pré participação no campeonato, nós viemos dar esse suporte no controle das emoções, sobretudo da saudade da família que Philipe sinalizou”, enfatizou.

A mãe, Telma Cardoso dos Santos, agradeceu à equipe escolar pelo cuidado que estão tendo com o seu filho. “Todo mundo está nervoso. Ele porque sabe que é um grande passo que está dando para o seu futuro, e nós porque ficamos aqui, na torcida. Só queremos que ele seja feliz naquilo que ele gosta de fazer e faz muito bem”, conclui.

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