André Moura continua fazendo falta para a bancada federal de Sergipe

Habacuque, 23 de Fevereiro, 2021

Parece ser mais do mesmo, mas não é! Infelizmente! Já estamos no terceiro ano do atual mandato de deputados e senadores, eleitos (ou reeleitos) em 2018 e, com todo respeito, nossa bancada federal continua deixando muito a desejar. Como o menor Estado da Federação, e até pela dificuldade financeira enfrentada há sucessivos anos, não é exagero reconhecer que os nossos “governadores de plantão” são extremamente “dependentes” da presidência da República.

Foi assim com os antecessores e não é diferente do governador Belivaldo Chagas (PSD). Para o “galeguinho”, mais do que importante, é fundamental que Sergipe tenha uma bancada federal atuante, unida e bem articulada no Congresso Nacional, capaz de viabilizar, junto ao Palácio do Planalto, a liberação de milhares de recursos financeiros e investimentos, que transformam, desenvolvem, que geram emprego e renda, que aquecem a nossa economia.

A “conta” é simples: Sergipe precisa da ajuda do governo federal, precisa de uma boa articulação em Brasília (DF), inclusive junto aos Ministérios, além de bons projetos elaborados para a captação de recursos. É a bancada quem “abre portas” para o governador e para os prefeitos, da capital e do interior, viabilizarem seus projetos e suas realizações. E, mesmo sem mandato, mas com grande articulação e ainda certa influência em BSB, André continua sendo mais decisivo para o Estado do que muita gente...

Há quem critique a senadora Maria do Carmo (DEM), por sua idade, pela “longevidade” no Congresso, por não vê-la em grandes polêmicas, mas, ao seu estilo, a democrata tem mais prestígio em BSB, libera mais recursos para Sergipe do que muita gente mais “jovem” e que diz ter “disposição para o trabalho”. O Senador Alessandro Vieira (Cidadania), por exemplo, tem horas que mais parece fazer um mandato para seu agrupamento e parte do eleitorado, do que para a sociedade como um todo...

Já o também senador Rogério Carvalho (PT) parece focado apenas em “fazer seu nome” e tentar desgastar o presidente Jair Bolsonaro. Discurso “ácido” e boa oratória não garantem grandes investimentos para Sergipe; nossos deputados federais também estão devendo muito! Alessandro e Rogério mais trabalham para afastar do que para aproximar Sergipe de um bom relacionamento com o governo federal. André Moura, por sua vez, até hoje “assina ordens de serviços” de obras que só estão saindo do papel graças a sua articulação em BSB no governo anterior...

O leitor (eleitor) sergipano pode achar um pouco “exagerado” o entendimento deste colunista, mas basta fazer um exercício com a mente para comparar o volume de recursos liberados, quando André Moura era parte, e hoje que ele está sem mandato! Fala-se muito no gás para Sergipe, mas até agora o que saiu foi muito pouco. Só teremos eleições no próximo ano, e pode até ser que André nem dispute um mandato em 2022, mas que essa avaliação sirva, ao menos, de reflexão para todos, neste sentido, em especial, em quem confiar o voto. Isso costuma ter “consequências”...

 

Veja essa!

Em entrevista ao CINFORM ON LINE, a vereadora de Aracaju, Professora Ângela Melo (PT), avalia que foi um acerto o PT ter candidatura própria na capital em 2020 e ter lançado Márcio Macedo para a PMA, como uma das tantas lideranças petistas, foi a que se apresentou ao partido para cumprir essa tarefa coletiva necessária.

 

E essa!

Para 2022, ela disse que “a tendência que eu integro – Militância Socialista – defende que o PT tenha candidatura própria ao Governo de Sergipe, com um programa democrático e popular e em aliança com partidos de esquerda e movimentos sociais”. Seria esse “candidato” contra o governo, o atual senador Rogério Carvalho?

 

Presencial com vacina I

A professora Ângela Melo (PT) também condenou o retorno das aulas presenciais, das redes públicas, municipal e estadual. “Há um desejo de retorno das aulas presenciais, mas há algo maior que essas mães, pais, professores e professoras têm expressado, que é o desejo de ter as suas crianças e adolescentes vivas e com saúde”.

 

Presencial com vacina II

“A previsão do retorno presencial é 22 de março, daqui a um mês. Não temos ainda qualquer perspectiva de vacinação de professores e funcionários de escola. Teremos todos os adultos da comunidade escolar de Aracaju imunizados em um mês? Pela situação atual, sabemos que não”, completou a vereadora.

 

Crise no transporte

Na última sexta-feira (19) ocorreu uma grande paralisação do transporte urbano da capital, com diversos rodoviários suspendendo todo e qualquer trafego de ônibus na Grande Aracaju. Em determinado momento, os motoristas de aplicativo e até os moto taxistas se somaram ao protesto, com cada um defendendo suas pautas, mas dentro de um mesmo “consenso”: todos insatisfeitos com a omissão do poder público.

 

Alô Rodoviários!

No caso dos rodoviários, por exemplo, há quase um ano que eles alegam não receber mais o ticket-alimentação; não bastassem os sucessivos atrasos de salários, as empresas também “aboliram” a função do cobrador de ônibus. Tudo isso durante a pandemia! Reclamam de dificuldades financeiras, da ampla concorrência e justificam com a queda no número de passageiros.

 

Cidade sem planejamento

Aracaju e as demais cidades do seu entorno estão crescendo muito nos últimos anos, mas todas elas de maneira desordenada, sem planejamento e sem projeções. Aqui na capital, por exemplo, a revisão do Plano Diretor “dorme em berço esplêndido” em alguma “gaveta”, graça à omissão da Prefeitura, da Câmara Municipal e até dos órgãos fiscalizadores que não cobram do poder público. Daí em diante os problemas se sucedem, se acumulam. Não dá para pensar em progresso e desenvolvimento apenas na campanha eleitoral...

 

Marginal? Não!

Durante a paralisação, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), ao invés de tentar um consenso com os trabalhadores, ainda “jogou para a sociedade” que os rodoviários são “baderneiros”, chegando a danificar mais de duas centenas de ônibus. Acionou a Justiça do Trabalho, que agiu rápido para tornar a greve ilegal, e ainda teve gente dizendo que os trabalhadores eram “marginais”, é mole? É pra morrer de fome?

 

Decisão

O desembargador Fábio Tulio Correia Ribeiro, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT20), determinou na sexta-feira, que os rodoviários que estavam paralisados mantenham 70% do efetivo na atividade. O magistrado considerou o fato de que o serviço é essencial e a situação atual de pandemia da Covid-19. Além de reclamar de “vandalismo” e “marginalizar os rodoviários”, o Setransp reclama que o protesto dos trabalhadores foi iniciado sem qualquer comunicação.

 

Pauta antiga

Agora, como perguntar não ofende nunca, e desde quando os trabalhadores entraram em greve, na maioria das vezes, e fizeram o comunicado com antecedência? Se sem avisar, a greve foi derrubada na Justiça em apenas algumas horas, imagine “avisando”? E outra: os problemas reclamados são antigos e estavam nas pautas há algum tempo. Mas nem o poder público agia e muito menos os empresários.

 

Alô Justiça do Trabalho!

Aproveitando que a Justiça do Trabalho rapidamente decidiu pela suspensão da greve dos rodoviários, a sociedade da Grande Aracaju e este colunista cobram agora dos magistrados uma posição sobre atrasos de salários, corte do ticket-alimentação dos trabalhadores e acúmulo de função por parte dos motoristas. O serviço normalizado é importante sim, mas a garantia dos direitos é fundamental...

 

Alô empresários!

Este colunista não é contrário a empresário, é defensor de quem produz, de quem gera emprego e renda, mas os direitos dos trabalhadores também precisam ser respeitados e reconhecidos. Cortar o ticket-alimentação de um trabalhador comum? Demitir os cobradores de ônibus? Se o motorista que acumula função causar um acidente, quem será responsabilizado por essa “desatenção” com o trânsito?

 

Outro lado I

Como o espaço é democrático, este colunista também reproduz a posição do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), anunciando que o serviço de transporte público coletivo operou normalmente no sábado (20), na capital e na região metropolitana.  “Entretanto, os atos de vandalismo aos ônibus que ocorreram durante o dia de ontem (sexta) geraram um prejuízo à mobilidade urbana de 243 ônibus vandalizados, correspondendo a 56,25% da frota operante”. 

 

Outro lado II

“Os veículos vandalizados foram recolhidos para as garagens e estão sendo recuperados. Conforme decisão de ontem (sexta) do Tribunal Regional do Trabalho, os rodoviários estão proibidos de realizar paralisação total do transporte na capital, sendo obrigados prestar  o serviço com no mínimo 70% da operação. O Setransp volta a recriminar os danos à frota do serviço de transporte e, principalmente, os transtornos causados pelos manifestantes à população”, conclui a nota.

 

Oh Macambira!

Alguns aliados do prefeito Carivaldo Souza (PP) estão na bronca com a composição de seu secretariado. Em todo o agreste sergipano estão circulando áudios de pessoas próximas ao prefeito reclamando que pessoas que trabalharam na gestão anterior, que votaram no candidato adversário e que entraram em conflito com a turma da gestão atual, foram “premiadas” com cargos e até secretarias.

 

Secretário premiado

Em um dos áudios vazados, de um conhecido aliado do prefeito, ele desabafa sobre um secretário atual da gestão que chegou a desafiar eleitores de Carivaldo, no ano passado, garantindo que ele só voltava à prefeitura “na bala”! Vôte! Como este colunista não é baú para guardar segredo, ou o prefeito é muito democrático, ou o “padrinho” do secretário é mais “ligeiro” que um carro de Fórmula 1...

 

Augusto Bezerra

A criação da Polícia Penal em Sergipe, anunciada pelo governador Belivaldo Chagas, essa semana, em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) será enviada para a Assembleia Legislativa de Sergipe, é uma conquista de um ex-deputado estadual, que fez sim muito pelo Estado: Augusto Bezerra. O ex-parlamentar, hoje fora da política, foi quem encampou esta luta na Alese.

 

Polícia Penal

A criação da Polícia Penal era um pleito antigo dos servidores do Sistema Penitenciário que pediram o apoio de todos os deputados da Alese, luta que foi liderada por Augusto Bezerra, há alguns anos, inclusive sugerindo a PEC, defendendo a unificação das categorias de agentes penitenciários e guardas prisionais e auxiliares. Por uma questão de justiça, Augusto merecia ser lembrado por esta conquista dos trabalhadores.

 

Olha a Fundação!

Mais umas pérolas da Fundação Renascer! Conforme publicado no Diário Oficial do Estado do último dia 18, dois pregões eletrônicos que ocorreriam essa semana, foram cancelados para ajustes no termo de referência! Segundo um respeitado advogado do nosso Estado, o que vem ocorrendo na Fundação é um “caso de polícia”!

 

Tudo enrolado

O advogado também questiona como pode um pregão, que surge em decorrência de várias dispensas de licitação, inclusive as vigentes, onde contrataram empresas, impossibilitadas de contratar e outra em que comprovadamente o representante legal faz parte do grupo das únicas outras empresas que concorreram no certame? “A essa altura do campeonato ainda precisar de ajustes e, mesmo assim, cancelada em cima da hora? Não existem profissionais capacitados para verificar essas incongruências? Ou será que o ‘bla-blá-blá de sempre’ vai prevalecer?”, questiona.

 

Foi um ditado?

Segundo ainda o conceituado profissional, depois de passarem uma “eternidade” para disponibilizar os processos de dispensa no portal da transparência, verificou-se que apenas três empresas apresentaram propostas para os dois certames! Inclusive as mesmas, com os mesmos erros gráficos, formatação da planilha, dentre outros! Na mesma sistemática do caso investigado na contratação da empresa responsável pela montagem do Hospital de Campanha da PMA.

 

Fala, Lucivanda!

Com a palavra a secretária de Inclusão Social e o governo do estado, pois, apesar de continuarmos com o espaço aberto para Fundação Renascer, não encontramos até hoje em nenhum setor da imprensa, uma resposta compatível com os questionamentos feitos por este colunista, mas sempre manifestações desviadas do objeto! Haja “samba” nesse pós-Carnaval...

 

Vem mais coisa...

Ainda na Fundação estamos apurando mais denúncias gravíssimas da publicação da semana anterior! Temos recebido ligações de fornecedores que recebem ou deveriam ter recebido, via suprimento de fundo e dispensa de licitação, para compra de materiais, com versões alarmantes de como é conduzido os recursos públicos desse órgão! Negociatas inimagináveis, envolvendo notas fictícias, permuta de materiais de forma desproporcional, entrega de mercadorias a menor, dentre outras práticas não recomendáveis! Funcionários terceirizados permutando sua jornada de trabalho por conta de juros (agiotagem) não recebidos; outros funcionários terceirizados vendendo mercadorias em permuta por dias de trabalho...é coisa!

 

CRÍTICAS E SUGESTÕES

habacuquevillacorte@gmail.com e habacuquevillacorte@hotmail.com

 

 

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