QUE VENHA 2022
QUE VENHA 2021
Por Carlos Braz
Faltam três dias para entrarmos em um novo ano. Sem fogos de artifício no céu, para o alívio de cães e gatos, mas com um novo e funesto ingrediente, que perpassará pela memória de 200.000 famílias que perderam seus entes queridos, vitimados pela Covid-19.
Impossível não falar desse tema, nesses dias nos quais sentimentos tão distintos quanto a angústia e a insensibilidade de muitos andam de mãos dadas. Tempos em que o trabalho incansável dos profissionais da saúde e as múltiplas manifestações de solidariedade se confrontam com os bailes funk, a roubalheira de recursos públicos, o preconceito, e as fake news, que confundem os incautos e certamente provocam mais mortes.
É o egoísmo que, levado ao extremo, fará com que milhares comemorem efusivamente a virada de ano, sem lembrar dos quem não tem motivos para compartilhar a alegria peculiar dessa data marcante, sem refletir sobre a necessidade dar uma nova chance a nós mesmos, para que não coloquemos em risco a vida de tantas pessoas, ante a possibilidade de sermos infectados a qualquer momento.
É assim que vamos demonstrar amor ao próximo e a nós mesmos. É assim que faremos com que o ano que se aproxima seja realmente melhor para todos, sem imprevistos, sem desculpas inúteis ante o colapso previsto para o sistema de saúde.
Teremos pela frente novos trezentos e sessenta e cinco dias que, indubitavelmente, serão difíceis e incertos, de pequenas e grandes derrotas e vitórias. Portanto, acrescentemos ao nossos desejos a força necessária para o engajamento consciente nessa guerra contra o vírus, que a ciência vença a ignorância, nos poupando da perda de parentes amigos e desconhecidos, mais espírito fraterno, compreensão e discernimento sobre o momento que estamos atravessando.
Essa é a minha esperança: que percebamos que se cada um fizer a sua parte chegaremos lá. Acordaremos vivos e com saúde, pronto para iniciarmos, e, porque não, finalizarmos um novo ciclo.
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