Os falsetes da política.

Por Antônio Samarone

Antonio Samarone, 10 de Dezembro, 2019 - Atualizado em 10 de Dezembro, 2019


Nos dois primeiros mandatos (2006 – 2012), Edvaldo Nogueira chegou à Prefeitura de Aracaju pelas mãos do PT e de Marcelo Déda. No terceiro (2017 – 2020), teve a importante ajuda da vice, Eliane Aquino (PT).

Edvaldo Nogueira e PT foram parceiros históricos: carne da mesma carne, sangue do mesmo sangue.

Ao assumir o atual mandado (janeiro de 2017), Edvaldo se aproximou de André Moura, líder de Temer, e os cofres de Brasília se abriram para a prefeitura de Aracaju. Edvaldo, como contrapartida, transformou André em seu candidato ao Senado. Aqui começaram as contradições.

O candidato do PT ao senado, Rogério Carvalho, foi tratado com indiferença. Edvaldo se afastou do PT e de Lula.

As circunstâncias fazem os homens. Edvaldo foi adotado pela decadente elite econômica de Aracaju, como um “bom gestor”. Onde a economia é frágil o poder público é um grande oásis.

Edvaldo se aproximou da direita tradicional, de políticos da bancada de Bolsonaro, e os cofres de Brasília continuaram abertos. O que era relação institucional virou relação política.

Afastar-se do PT virou uma necessidade. Edvaldo procura compulsivamente sair do Partido Comunista, mas quer manter uma sombra de esquerda. Por isso, ocupar o PDT de Brizola atende a essa necessidade.

O que parecia nebuloso começa a clarear. Novos blocos políticos mostram a cara.

O Velho Centrão sergipano articula-se sob a batuta do Prefeito de Aracaju. O PC do B ficou pequeno. A ida do Prefeito de Socorro (PC do B) para o Partido de Laécio Oliveira faz parte desse Jogo.

A disputa pelo poder político em Sergipe passa pela Prefeitura de Aracaju. O Centrão de Edvaldo saiu na frente.

Enxergo mais dois agrupamentos que podem entrar com chances nessa batalha. A esquerda tradicional, lideradas pelo PT; e uma terceira via, liderada pelo Senador Alessandro Vieira. Não vejo grandes novidades.

Em torno da esquerda petista, lideradas pelo Senador Rogério Carvalho, podem se aproximar o PSOL e o PSB, e outras legendas sem espaço no Centrão.

O bloco em torno do Senador Alessandro está quase formado, já se reúnem há muito tempo. A dúvida paira sobre o candidato a prefeito: Emerson, Emília, Milton, ou quem sabe, a delegada Daniele Garcia.

Um palpite: desses três agrupamentos políticos, dois irão para o segundo turno em Aracaju.

Antônio Samarone.

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