O TECARMO como Unidade de Conservação Ambiental (por Antonio Samarone)

Antonio Samarone, 27 de Outubro, 2020

O desenvolvimento de Aracaju teve o peso da Petrobras. A partir de 1963, com a produção de petróleo em Carmópolis, a Capital sergipana foi ganhando ares de modernidade.

Com o anúncio oficial da saída da Petrobras de Sergipe, o desastre não será apenas econômico. A Petrobras está deixando uma “Chernobyl” no coração de Aracaju.

O petróleo produzido em Carmópolis é trazido por oleodutos até o TECARMO, em Aracaju, onde fica armazenado. Depois é bombeado por tubulações até o mar e embarcado em navios. Esta é a estrutura montada.

Na década de 1960, o TECARMO era um sítio longínquo. A cidade foi se aproximando. O que era Zona de Expansão virou um núcleo densamente povoado. Aqui mora o perigo.

A Petrobras em Sergipe era um símbolo poderoso, empregava muita gente, pagava royalties, fazia parte do nosso progresso. Por conta, sempre foi tratada a pão de ló em nosso Estado. Nunca pagou um centavo de IPTU pela ocupação do TECARMO.

No TECARMO estão implantados 5 tanques de armazenamento de petróleo, com a capacidade de 168 milhões de litros. Em outras palavras, uma bomba de Hiroshima no meio da cidade.

A Petrobras é uma grande empresa, com estrutura, corpo técnico qualificado, competência para manutenção dessa unidade de armazenamento, com alto índice de segurança. Mesmo assim os riscos sempre existiram.

Ocorre que a Petrobras botou tudo isso à venda. Quem vai operar o TECARMO? Não se sabe...

Uma coisa é certa: Aracaju passa a correr um risco bem maior. Inaceitável! Essa bomba relógio não pode continuar na zona urbana de Aracaju. Que procurem outra forma para transportar o petróleo produzido no Campo de Carmópolis.

Carmópolis fica praticamente no litoral, próximo as praias desabitadas. Não faz mais sentido o petróleo percorrer 48 km de oleodutos até Aracaju.

Se o TECARMO, pelos riscos, não pode mais ser uma base de armazenamento de 168 milhões de litros de petróleo, qual o melhor destino para o TECARMO?

Ser leiloado para a indústria da construção civil e virar prédios? Claro que não!

Nesse sentido, o caminho é a transformação imediata do TECARMO em uma Unidade de Conservação Ambiental, por ser um ecossistema de restinga conservado, e ter como destino uma área verde para Aracaju, tão necessitada.

Esse o caminho da qualidade de vida. É o caminho do desenvolvimento econômico sustentável.

Por onde andam as nossas autoridades?

Antonio Samarone (médico sanitarista)

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