O PROTAGONISMO DA AGRONOMIA SERGIPANA

Por Manoel Moacir Costa Macêdo, José Lavres Filho, João Batista Medeiros, Emmanuel Franco Filho e Naum de Araújo

Manoel Moacir, 29 de Julho, 2022 - Atualizado em 29 de Julho, 2022

 

Foto: Mangaba / Portal Embrapa

 

 

O estado de Sergipe possui 21.910 quilômetros quadrados, o menor estado da Federação, mas convém destacar a sua produção agropecuária, a exemplo da citricultura, do milho e da mangaba. O cooperativismo referenciado na Cooperativa do Treze, hoje um emergente povoado. O planejamento agropecuário ultrapassou a fronteira estadual. A inédita descoberta do “anel vermelho do coqueiro”, alcançou o mundo. A arborização e jardinagem das cidades. A produção de crustáceos, que vale a alcunha de “terra do caranguejo”. A pecuária, a produção de leite, os assentamentos rurais, as colônias agrícolas e os perímetros irrigados, são referências no desenvolvimento rural sergipano.Ações que fixaram o homem à terra e promoveram o desenvolvimento dos produtores rurais e seus familiares.

A pequena produção agropecuária predomina no Estado de Sergipe. “51% da participação da agricultura familiar no valor total da produção”. 230 mil pessoas ocupadas. 42% com estabelecimentos agropecuários entre 1 e 10 hectares. Cadeias produtivas do milho, citros, cana-de-açúcar, mandioca, coco, arroz, leite e extrativismo. Sergipe é o terceiro maior produtor de camarão do país e o nono de ostras, vieiras e mexilhões. Ainda por desbravar a pluriatividade agrícola no artesanato, na gastronomia, no turismo e nos derivados do leite.

Registros da história, não significam saudosismos, mas evidências do protagonismo da agronomia sergipana. Sergipe foi o berço das raças ovina Santa Inês e bovina Indubrasil, marcantes na economia estadual. A região semiárida sergipana produz um milhão de litros de leite por dia. Produção e produtividade do milho e genética do coqueiro. Capilaridade da assistência técnica, extensão rural, fomento e crédito na produção agropecuária. Geração e difusão de tecnologia nos territórios sergipanos. Formação universitária de engenheiros agrônomos em sua própria universidade. A citricultura nas décadas de setenta e oitenta, está vinculada aos engenheiros agrônomos, as organizações estaduais, federais e associações corporativas. Alguns dos feitos de gerações de engenheiros agrônomos e as estruturas públicas e privadas de Sergipe.

Muito ainda por realizar, e os engenheiros agrônomos sergipanos estão vigilantes e dispostos, desde os egressos aos experientes e dos novos aos maduros. Louvores aos engenheiros agrônomos que lideraram a criação do primeiro curso universitário de engenharia agronômica em Sergipe, dirigiram a Secretaria de Agricultura e coligadas, estiveram presentes no poder legislativo, no setor produtivo e nas representações corporativas. É notória a carência de recursos públicos para investir em pesquisa e assistência técnica, reestruturar as organizações gestoras da agropecuária e melhorar as competências dos profissionais da agronomia. A agricultura é fundamental na produção de alimentos e na qualidade de vida da população.

Faz tempo que a agronomia sergipana não ocupa o protagonismo que lhe cabe. Formular políticas públicas para a produção agropecuária e o meio ambiente. Valorar os engenheiros agrônomos nas funções públicas e privadas. Alertar à sociedade para os desvios de ações públicas, privadas e do terceiro setor, próprias de seu espectro profissional. Juntar-se às estruturas de ofício na defesa das prerrogativas profissionais dos engenheiros agrônomos.  Não se trata de uma pauta individual, nem de alguns e nem de grupos, mas da categoria dos engenheiros agrônomos sergipanos na agenda prioritária de “Repensar a AEASE”.

Manoel Moacir Costa Macêdo, José Lavres Filho, João Batista Medeiros, Emmanuel Franco Filho e Naum de Araújo, são engenheiros agrônomos e associados da AEASE - Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe.

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