A AMIZADE, DOM DE DEUS

Por Jerônimo Peixoto

Jerônimo Nunes Peixoto, 20 de Julho, 2020 - Atualizado em 20 de Julho, 2020

A AMIZADE, DOM DE DEUS

Em tempos conturbados, em que a paz e o sossego parecem ser cada vez menores, também o é o número de amigos. Vez por outra, encontram-se pessoas decepcionadas, desiludidas, porque pensavam que tal e tal não seriam capazes de enganar, de ludibriar. Estavam apenas com segundas intenções, com objetivos distantes daquele que constitui a verdadeira amizade. Vale aquele velho adágio: conhecidos, muitos; amigos, pouquíssimos!

A amizade verdadeira é expressão máxima da presença divina entre os humanos, pois se reveste de uma qualidade extraordinária de ser presente: adverte, orienta, abraça, sofre, sente e se dispõe a servir e a contemplar; é silente e capaz de transmitir tudo pelo olhar; ainda, não encontra barreiras, no tempo e no espaço. Mesmo se o amigo ou a amiga vivem em outro país, em outro estado ou município, ela ou ele nunca se fazem distantes, pois sentem o pulsar da gente bem de perto e de tudo participa, querendo sempre o bem da gente.

A amizade tem um dom especial de multiplicar as alegrias e vitórias, quando partilhadas, e de diminuir – e até acabar – as tristezas, dores e angústias. É que amizade é sinônimo de alegria e de felicidade, presença de amor. Ser amigo é viver sob o dinamismo da providência divina, que destrói as barreiras da dor e do sofrimento, para se transformar em esplêndida alegria. Ela suporta momentos difíceis, conturbados, no silêncio ou na aparente ausência, para se revelar o tempo inteiro presença de qualidade. lembra aquela ideia: "se eu ao menos puder tocar na orla de suas vestes" ou seja, a presença dele, pela própria presença, é sinônimo de melhoria, de conforto, de consolo e de solução de diversos problemas. Tal é a força da amizade!

A amizade deve ser cultivada, regada com gratidão, com afeto, com atenção, com solidariedade, com partilha de vida, com conselhos, com sorriso e com lágrimas. Quando não há prece, quando não se coloca a amizade na súplica, na oração, diante do altar da divindade, ela está fadada ao fracasso. Ela não tem raízes em si mesma. É imagem do amor divino, que a todos compreende e a todos sustém. É como a sabedoria suplicada por Salomão, que subjaz a tudo e se antecipa a todos.

No dia da amizade, reze por suas amigas e por seus amigos. Não importa se são poucos. O que vale é a qualidade da presença amiga na vida da gente. O que conta é que, sem eles, a vida se transformaria em campo minado, em caos total. Com eles, a existência parece lírica, pois até os tombos da vida se transformam em trampolins de crescimento e em motivo de alegria e de celebração. Celebrar a amizade, eis um grande imperativo.

No dia em que se puder celebrar a amizade, sem preconceitos, sem acanhamento, sem fingimento, ter-se-á a certeza de que a amizade verdadeira existe e está produzindo seus efeitos. Então, aproveite, hoje, para agradecer pela(s) amizade(s), esforçando-se ainda mais por conquistar novas. Não se esqueça de que, sem amizade, a vida se transforma em morte. Com a amizade, a morte se transforma em vida e vida plena. Coloque seus amigos na comunhão com Deus, independentemente de sua prática religiosa. Feliz dia do amizade!

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