A VOCÊ, PROFESSORA(OR), COM CARINHO
Por Jerônimo Peixoto
A VOCÊ, PROFESSORA/OR COM MUITO CARINHO
Lembro-me do quanto você foi paciente, tomando minha mão entre a sua, para eu treinar a coordenação motora. Eu errava tudo, e você me incentivava, dizendo que eu estava aprendendo rápido. Passei a cobrir as belíssimas letras que você desenhava no meu caderninho... mais elogios.
Depois, li e escrevi; declamei poesias, cantei, dancei quadrilha, fiz cordel... tudo por inspiração de suas mãos e de seu coração abertos a me acolherem e a me incentivarem.
Mudei e você se transfigurou em muitas pessoas que, de um modo técnico ou mais terno, foram moldando minha alma acadêmica.
Se me perguntasse por todos os seus ensinamentos, não saberia dizer ao certo, porque foram tantas coisas maravilhosas, científicas, com método e objeto, com teorias mil. Mas, de uma coisa em me recordo bem: você transformou minha vida.
Ah, quanta gratidão tenho, por me ter feito sair do obscurantismo do desconhecimento para a luminosidade do saber. Foi por causa de seu testemunho que aprendi a respeitar, a tolerar, a compreender, dialogar, aceitar posicionamentos em contrário.
Você me fez sentir a essência da humanidade, tocando-me a alma com firmeza e com doçura. Fez-me perceber a força das ideias, do argumento, da sensibilidade.
Confesso que não aprendi tudo, mas quase tudo do que aprendi faz parte daquilo que me ensinou.
Com suas habilidades lógico-racionais e interpretativas, ensinou-me ciência. Com sua sensibilidade e ternura, ensinou-me a ser humano. Com sua esperança, ensinou-me a creditar no futuro.
Se não fosse você, eu não seria quem sou. Aliás, o mundo não seria o mesmo. Você é construtora(or) do futuro.
Você me ensinou a enxergar o mundo com as lentes do saber, do contemplar, sem me fixar no ter. Seu ofício é missão transformadora, que torna independentes os que a assimilam e a tomam por seriedade.
A você meu respeito e admiração eternos Jerônimo Peixoto
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