VIGOROSOS BROTOS

José de Almeida Bispo, 05 de Abril, 2022

Em 1º de fevereiro de 2013 participei da fundação da Academia Itabaianense de Letras, então ao lado de 14 valorosos confrades (hoje são 30), entre eles, ídolos da minha adolescência como estudante do Colégio Estadual Murilo Braga como a professora Eliana, e o escritor e historiador Vladimir Souza Carvalho, co-responsável com o professor Acrísio Torres Araújo pelo meu amor, quase ufanista por minha cidade de Santo Antônio da Serra Morada dos Homens de Onde os Rios Vem, resumindo, Santo Antônio de Itabaiana.
Em primeiro, sinto-me até hoje profundamente agradecido aos que me convidaram para instituição de tal envergadura; e especialmente para ser nela o representante da intelectual ceboleira, Maria Thetis Nunes, “A Sergipana do Século XX”; em segundo, vi ali uma chance de finalmente criarmos em Itabaiana uma instituição literária-cultural, livre das marés de oportunistas, pro e radicalmente contra, e até bem intencionados da política, porque de natureza privada; depois de tantas tentativas fracassadas, desde o efêmero Gabinete de Leitura do sonhador Manuel Damásio Pereira Leite, em 1875, à sofrida Biblioteca Dom José Thomaz, da Paróquia de Santo Antônio e Almas, mais duradora, mas nem tanto, entre o início dos anos 50 e final dos 80.
A Academia tem andado. Bem além do que prognosticaram os derrotistas de plantão; mas também aquém do que poderia. Todavia, repito: tem andado.
A instalação “à revelia” de duas agremiações de natureza estudantil – o CAL, Centro Acadêmico Literário no Colégio O Saber, uma unidade privada; e da ASJE, Academia Serrana de Jovens Escritores, coincidente da minha escola primária, o Dom José Thomaz, do Rio das Pedras – veio a calhar e nos empurrar a constituir o inicialmente projetado Movimento Cultural Maria Pereira, um dos objetivos, com a inclusão da classe estudantil dentro do circuito acadêmico.
O Movimento Cultural Maria Pereira homenageia 30 pessoas já falecidas, e que foram expoentes culturais na cidade – além do patrocínio da Academia em si – dividido em cinco grupos, com um monitor para cada grupo e quatro discentes, entre aproximadamente o quarto ano do Fundamental e o último ano do Segundo Grau, gerando com isso sucessão in vivo; ao contrário dos acadêmicos da Academia.
O primeiro grupo, cujo patrono é o folclorista contador de causos, vereador e presidente da Câmara Municipal, Álvaro Fonseca de Oliveira tomou posse em 25 de outubro de 2019, monitorado pela professora Rosa Maria Vieira de Santana, antes, fundadora e curadora da ASJE, da supracitada Escola Municipal Dom José Tomaz.
Vieram os tempos de apreensão da pandemia, com atividades suspensas, desarticulações, dramas pessoais, inclusive envolvendo morte de pessoas, não diretamente, mas muito próximas e ligadas à Academia... mas, a vida continua; e o cartaz acima, em anexo demonstra que os novos grupos que nem formalmente foram empossados, já começam a mostrar serviço. Oxigênio! Revitalização ao trabalho de formiguinha – ou formigona? – que ora tem conduzido a professora Rosa Maria e sua garotada recebe um valoroso reforço já partir dessa quinta, 07 de abril, com o diligente professor Saulo Bispo e equipe.
E vamos às próximas produções!
Gosto de quem gosta de fazer.

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