CRISTIANIZAÇÃO

José de Almeida Bispo, 14 de Julho, 2022 - Atualizado em 14 de Julho, 2022

Não sei por que, porém agorinha lembrei de uma frase, não me recordo de quem; sei que de alguém da Folha de São Paulo em 2006: “Aécio pede votos para Alckmin em São Paulo; e em Minas inaugura obras todo contente com Lula”.
Isso também me lembrou a armação de 1950 com o pobre do Cristiano Machado: a direita brasileira americanizada (colonial?) toda perfilada para derrotar Getúlio Vargas, franco favorito, mas envergonhada de hipotecar sua preferência direta por “milico”, lançou Cristiano pelo PSD, enquanto a UDN, colonial às claras foi do Brigadeiro Eduardo Gomes, “político até a medula”(*).
Getúlio cravou 48,73% dos votos, quase metade de todos os votos; o candidato udenista, Brigadeiro Eduardo Gomes obteve 29,66%; e o polido Cristiano Machado do PSD ficou com 21,49%. Não foi bem uma miséria de votos; mas num país dominado por coronéis da política, de ponta a ponta e com o PSD o mais forte em todos os estados da federação já foi vexatório ficar em terceiro. E, em se tratando de ver a própria UDN lhe vencer e ao Getúlio em Minas Gerais, sob o sono dos caciques do PSD, se fazendo de mortos, aí foi demais.
O atual clima político sergipano e suas “fakeadas” - e até facadas legalistas – onde se fazem presentes os versos da canção popular “Quem eu quero não me quer; quem me quer mandei embora”, já apresenta seu Cristiano; mas, suspeito que o foco seja apenas derrotar Getúlio. E que também já tenha seu Eduardo Gomes. Proporcionalmente, é claro; e de resultados que podem se inverter. Não com a minha contribuição.


(*)Tempos depois, o Brigadeiro demonstraria que de política nunca nada entendeu, segundo o jornalista Sebastião Nery, ao desfazer rudemente as esperanças do inflamado udenista Euclides Paes Mendonça, com a história do Aeroporto, hoje Shopping Peixoto e Bairro Miguel Teles.
Talvez, ressalte-se, porque Euclides era udenista fora de padrão: não era doutor, e sim um pequeno novo rico; e o único “país” que idolatrava era Itabaiana, depois Sergipe, depois Brasil. Só.
(Lei Municipal 138, 06 de setembro de 1955. Doa terreno à Aeronáutica. (Câmara Municipal), et
NERY, Sebastião. 350 Histórias do Folclore Político. Politika. Rio de Janeiro, GB, 1973. Página 73.)

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