O MASSACHUSSETTS DO BRASIL

José de Almeida Bispo, 27 de Julho, 2022 - Atualizado em 28 de Julho, 2022

Já que é moda corrente entre brasileiros esse comparativismo, uso o título desse artiguete para expressar: Sergipe tem a obrigação de ser o Massachussetts do Brasil.
Um dos menores estados estadunidenses, a pequena unidade do nordeste da federação, o estado do Massachussetts tem apenas 6 mil quilômetros quadrados a mais que Sergipe (aproximadamente o que a Bahia nos levou depois de tudo acertado em matéria de limites que seria pela linha reta entre a nascente do rio Real, próxima ao Massacará, em Banzaê, e a Cachoeira de Paulo Afonso), 6,6 milhões de habitantes e uma das mais icônicas cidades do continente americano: sua capital, Boston, com 689.326 habitantes (2020). Suas duas universidades mais famosas são a primeira do mundo, o MIT – Instituto de Tecnologia do Massachussetts; e a quinta, a de Harvard fundada como colégio em 1636 com apenas 16 anos de existência da província, depois estado. Ambas na cidade de Cambridge, com 120 mil habitantes, área metropolitana de Boston.
Sergipe tem 21.994 quilômetros quadrados, 2,34 milhões de habitantes, a capital, Aracaju, tem 672.614 habitantes (estimativa do IBGE para 2021) e sua segunda cidade é Nossa Senhora do Socorro, com 187 mil, Lagarto com 106, Itabaiana com 97 e São Cristóvão com 92. Duas Universidades, uma pública, outra privada; e mais algumas faculdades privadas.
Ambos os estados fazem parte da porção mais antiga do país; onde primeiro a colonização europeia dizimou os nativos, aí se estabelecendo.
E porque as colossais distâncias, tecnológica, populacional e de rendas, se Sergipe é 30 anos mais antigo, e, sinceramente, no início não eram tão díspares?
Os resultados divulgados hoje da classificação da nossa UFS – Universidade Federal de Sergipe, com apenas meio século de fundação, mas que se encontra na terceira posição, rivalizando com locais bem mais aquinhoados como o Rio Grande do Sul e Minas Gerais; e não muito distante da USP (primeira) e Unicamp (segunda), ambas em São Paulo é que nos traz certa esperança que as lideranças políticas (nos três poderes), ao invés da mesquinharia atual passem a trabalhar efetivamente em prol do engrandecimento do estado e desatarraxe essa torneira que pinga, pinga e pinga, mas quando chega na hora “H” sempre aparece os espertalhões para levar todo o suco.
Este ano é mais um de tentativas. Na urna.
Que Deus nos proteja!

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