VOZES ETERNAS

José de Almeida Bispo, 11 de Agosto, 2022 - Atualizado em 11 de Agosto, 2022

 


Na passagem da década de 70 para 80, mais precisamente em 1980 eu me vi responsável por uma discoteca, a da ainda jovem Princesa da Serra AM, sonho de todo adolescente e jovem, amante da música, como eu, que estou aos raspando 63, e ali encontrei uma serie de discos “B”; aqueles que pouco ou nunca tocaram.
Como vínhamos da efervescência da Discotheque, ritmo dançante, popularizado pelos filmes Embalos de Sábado à Noite e Grease – Nos Tempos da Brilhantina (este último também com John Travolta e a agora saudosa Olivia Newton-John, que nos deixou no último dia 8), e pela novela da Rede Globo, Dancing Days, muitos compactos, simples e duplos, e LPs na prateleira que nunca de lá tinham saído, mas que mereceram a minha curiosidade. Um deles, o compacto simples (uma música de cada lado do disco) de um grupo inglês, o The Buggles, Video Killed the Radio Stars (O vídeo matou as estrelas do rádio) me chamou a atenção não somente pela bonita e contagiante batida forte, tipo do ritmo disco; mas da letra bastante provocadora, profética. Confesso que senti certa pancada premonitória. E olha que vídeo cassete era uma miragem; e o computador, muito menos celular, nem em ficção. Como se previsse o fim de uma era de certeza e simplicidade para mergulhar nessa atual sopa extremamente rica, mas volúvel que ora vivemos.
Corte rápido, recebi com alegria a iniciativa da editoria do site 93 Notícias, mais precisamente sob a batuta do amigo e colega, pela ordem, de Colégio Estadual Murilo Braga, Correios e de rádio, Genário Santos em compor um pequeno histórico, estilo vinheta, com a lembrança dos companheiros, contemporâneos e predecessores, mestres da nossa geração de radialistas.

O rádio foi – e é – o companheiro de jornadas, de solidões sentidas ou não. Por ele ingressamos no fantástico mundo da música pop mundial; por ele fomos informados primariamente, preenchemos o tempo com brincadeiras, divertimos. Sua portabilidade só veio a ser seriamente ameaçada pelo “telefone inteligente” ou smartphone; porém, seu princípio de sucesso que reside na figura do bom comunicador, permanece.

 

Tenho 60 dos 63 de anos de vida marcantes; plenamente vividos. Contudo, foi-me especialmente a segunda década de existência que mais me marcou pelos momentos de descobertas. E na memória dessa não poderiam faltar Silva Lima e seu Informativo Cinzano com a Cavalaria Ligeira de Franz von Suppé; Manoel Silva acordando-me todas as manhãs, de segunda à sexta sob sublime trilha; meu particular amigo e guru, saudoso Irandi Santos e seu ao Cair da Tarde; para encurtar o mestre de tantos, também na eternidade João Batista Santana. A lista de saudades, contudo não para. Desde a saudoso Clemilda e seu forró no asfalto aos mais próximos, Fernando Pinto, Francis de Andrade, Aloísio Santos, Pereira da Silva, Alvanilson Santana, Adelardo Junior... muita gente boa para ser lembrada pelo que marcou, trazendo informação e alegria.

Parabéns ao Genário Santos e ao 97 Notícias pela iniciativa.

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