O regime de Nicolás Maduro anunciou a redução da jornada de trabalho no serviço público venezuelano, de 40 para 13,5 horas semanais. A medida, que visa economizar energia, obriga os funcionários a trabalharem apenas três vezes por semana, das 8h às 12h30.
Maduro atribuiu a crise energética à emergência climática, culpando a seca pela baixa capacidade do reservatório de Guri, responsável pela usina hidrelétrica Simón Bolívar, que fornece grande parte da energia do país. No entanto, especialistas apontam negligência, corrupção e falta de investimentos como as principais causas da crise.
A medida de redução da jornada de trabalho não é inédita na Venezuela. Nas últimas duas décadas, o chavismo adotou medidas semelhantes em resposta a graves crises energéticas. Em 2018, um apagão deixou 80% do país às escuras por vários dias. A população venezuelana, especialmente nas cidades do interior, já enfrenta apagões diários de até quatro horas.