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Curta sergipano “Coisa de Preto” será lançado dia 19 de maio, em Poço Redondo

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O Nordeste É Coisa de Cinema, realizado de 20 a 30 de março de 2025

Com roteiro da professora e cordelista Daniela Bento e direção de Pâmela Peregrino, o curta-metragem de animação “Coisa de Preto” será lançado no dia 19 de maio, às 19h, no Teatro Raízes Nordestinas, em Poço Redondo (SE), a entrada é gratuita. A produção já foi premiada com Melhor Roteiro no festival Tela Cariri: O Nordeste É Coisa de Cinema, realizado de 20 a 30 de março de 2025. O curta é distribuído pela Corpo Fechado Produções e foi contemplada no Chamamento Público nº 01/2023 – Senira Correia de Souza, com recursos da Lei Paulo Gustavo (LC nº 195/2022), do Governo Federal.

Inspirado no livro em cordel de mesmo nome, escrito por Daniela Bento, o curta tem como proposta resgatar o significado da expressão “coisa de preto”, historicamente utilizada de forma pejorativa, e transformá-la em um manifesto de afirmação cultural, intelectual e religiosa da população negra brasileira. “A ideia foi desconstruir a violência simbólica contida na frase e mostrar, principalmente para as crianças, que coisa de preto é ciência, é cultura, é religião, é saber ancestral. É também resistência, construção de país e de futuro”, destaca Daniela Bento, autora e roteirista da obra.

A animação aborda temas como a demonização das religiões de matriz africana, o apagamento histórico das contribuições de negros e negras no Brasil, a expropriação cultural, além das condições de trabalho impostas à população afro-brasileira. Traz ainda referências positivas de figuras negras nos campos da ciência, arte, política e espiritualidade, promovendo uma experiência educativa e sensível ao público infantil.

Dirigido por Pâmela Peregrino, o curta é narrado pela cordelista Izabel Nascimento e conta com tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais), ampliando o acesso ao conteúdo por pessoas surdas, com deficiência auditiva ou com baixo letramento. “Pensamos uma obra acessível e plural, que pudesse alcançar crianças de diferentes contextos, respeitando também as especificidades de acessibilidade. A arte precisa dialogar com todos e todas, e esse foi um compromisso do início ao fim”, afirma Pâmela Peregrino, diretora do projeto.

“Coisa de Preto” segue em circulação por festivais e mostras de cinema pelo Brasil, fortalecendo o cinema nordestino e reafirmando o papel da animação como ferramenta de educação antirracista e valorização das culturas afro-brasileiras.

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