A investigação da Polícia Civil de Sergipe revelou que o assassinato do advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior envolveu um conturbado processo de separação e disputas patrimoniais com sua esposa, a médica Daniele Barreto, apontada como a mentora intelectual do crime. Em entrevista coletiva na quarta-feira (13), a polícia explicou que, inicialmente, a motivação do homicídio parecia estar ligada ao exercício profissional do advogado. No entanto, a reprodução dos fatos mostrou que o pano de fundo do crime foram problemas familiares.
A operação, realizada na terça-feira (12), resultou na prisão de cinco pessoas: a médica Daniele Barreto, sua secretária, uma amiga próxima, um motoboy e um homem que teria intermediado a contratação do atirador, que ainda está foragido. A investigação indica que Daniele e o advogado estavam em disputa por conta de uma conta conjunta de R$ 10 milhões, que seria destinada ao filho mais novo do casal. A separação e o controle do dinheiro seriam os principais pontos de conflito entre ambos.
Segundo a delegada Juliana Alcoforado, Daniele possuía um relacionamento extraconjugal com uma amiga e já havia solicitado o divórcio, não aceito por José Lael. Na noite do crime, o advogado foi assassinado ao chegar em casa com um dos filhos, que também foi ferido. A investigação aponta que ele teria sido atraído por Daniele até a cena do crime e que o ato foi premeditado.
Apesar de o crime ser considerado elucidado pela polícia, o inquérito ainda não foi concluído. Novas provas coletadas na operação serão analisadas para formalizar o indiciamento dos suspeitos ao Ministério Público, que decidirá sobre a denúncia contra os envolvidos.
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