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Doação de órgãos no Huse garante nova chance de vida para dois pacientes no Rio Grande do Sul

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Com 14 captações realizadas em 2025, Sergipe reforça importância da doação de órgãos e destaca papel da equipe multiprofissional no processo

O Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), unidade gerida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), registrou, nesta quinta-feira, 24, a 14ª captação de órgãos realizada este ano no estado. O procedimento envolveu a retirada de dois rins de um paciente de 70 anos, que foram encaminhados ao Rio Grande do Sul para transplante em dois receptores compatíveis.
 
A coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Darcyana Lisboa, relatou todo o processo que permitiu a doação e ressaltou o compromisso da equipe com a humanização do atendimento às famílias. “Esse paciente deu entrada no Huse no dia 18, na Ala Vermelha, após sofrer um desmaio súbito em casa. Ele foi internado com escala de coma IV e, com a piora neurológica, evoluiu para escala de coma III no dia 20. A partir disso, nossa equipe foi acionada para iniciar o acompanhamento”, explica.


 
Após a confirmação da ausência de reflexos neurológicos e a realização de exames clínicos e de imagem, o protocolo de morte encefálica foi encerrado em tempo hábil no dia 23. “Mesmo sendo um paciente idoso, conseguimos identificar órgãos viáveis para doação. É um trabalho sensível, que envolve cuidado, técnica e, acima de tudo, respeito à dor da família”, destaca Darcyana.
 
Durante todo o processo, os familiares foram acolhidos e orientados pela equipe da OPO, que ofereceu, inclusive, a possibilidade de acompanhar parte dos exames. “É fundamental que a família compreenda cada etapa, para que se sinta segura e confiante na decisão. Essa escuta e acolhimento fazem parte do nosso compromisso com a humanização”, afirma a coordenadora.
 
O gesto de solidariedade da família beneficiará dois pacientes que estavam em hemodiálise. “Os rins doados seguem para o Rio Grande do Sul, onde estavam os receptores compatíveis. Quando não há pacientes compatíveis em Sergipe, os órgãos são disponibilizados para o ranking nacional”, explica Darcyana. 
 
Todos os pacientes com escala de coma Glasgow III são acompanhados pela OPO. Quando constatada a morte encefálica, o protocolo de doação é iniciado, sempre respeitando a decisão dos familiares. “É um momento de dor, mas, também, de esperança. A doação de órgãos transforma vidas e, em muitos casos, é a única alternativa para pacientes que aguardam na fila de transplante”, pontua a coordenadora.
 
Em 2024, no mesmo período, Sergipe havia registrado dez captações. O crescimento neste ano reforça o trabalho contínuo de conscientização da população e a eficiência das equipes da OPO e da Central de Transplante que atuam na identificação e viabilização de doadores.

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