O empresário Laerte Codonho, fundador e dono da marca de refrigerantes Dolly, foi condenado pela Justiça de Itapecerica da Serra (SP) por crimes ambientais e corrupção. A decisão impôs uma pena total de 16 anos, 2 meses e 5 dias de prisão, sendo 11 anos, 4 meses e 1 dia de reclusão e 4 anos, 10 meses e 4 dias de detenção.
Segundo o Ministério Público, Codonho teria cometido diversas infrações ambientais ligadas ao funcionamento da fábrica da Dolly, causando danos ao meio ambiente. Além disso, ele foi acusado de envolvimento em corrupção ativa, tentando subornar agentes públicos para evitar penalizações.
Durante as investigações, foram encontradas provas de despejo irregular de resíduos industriais, que impactaram a região de Itapecerica da Serra, onde a empresa opera. Além disso, conversas e transações suspeitas apontaram tentativas de interferência nos processos de fiscalização.
De acordo com a sentença judicial:
A pena de reclusão (11 anos, 4 meses e 1 dia) será cumprida inicialmente em regime fechado, devido à gravidade dos crimes.
A pena de detenção (4 anos, 10 meses e 4 dias) será cumprida no regime semiaberto, por se tratar de crimes com penas mais brandas.
O empresário ainda pode recorrer da decisão, mas a condenação marca um novo capítulo na longa trajetória de disputas judiciais de Laerte Codonho, que já enfrentou acusações de fraude fiscal e sonegação de impostos.
Dolly e outras polêmicas do empresário
Fundador da Dolly, Codonho ganhou notoriedade no mercado de refrigerantes com campanhas agressivas contra grandes concorrentes. No entanto, nos últimos anos, se envolveu em diversas ações judiciais, incluindo processos por evasão fiscal e disputas trabalhistas.
Até o momento, a defesa do empresário não se manifestou sobre a condenação.