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ECOTURISMO NA SERRA

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Neste ano, de 350º aniversário da cidade, as coisas estão acontecendo.
Deve estar desembarcando amanhã na Serra, ou seja, em Itabaiana, uma turma, a partir da capital baiana, porém com origem diversa, para passar o carnaval por aqui, no Agreste.
E talvez aproveite, para dar uma caçada no Carneiro de Ouro. Nunca sabe, né?
Pouco a pouco a cidade vai ganhando contornos de centro turístico, em busca das riquezas naturais existentes; do patrimônio cultural imaterial, inclusive o rico patrimônio histórico, ainda pela maioria ignorado; e pelo grande futuro que promete em matéria de turismo religioso.
A cidade, conjuntamente com outros municípios dela originado, tem o único parque ecológico em Sergipe, o Parque Nacional da Serra de Itabaiana. Na franja sudoeste dele, uma preciosidade nacional, que é o Parque dos Falcões.
Junto ao Parque do Falcões, foi recentemente ereta uma pequena estátua de Santa Dulce dos Pobres, à margem da primeira etapa do Caminho de Santa Dulce, Itabaiana-Salvador. Nas colinas abaixo, está um lugar de grande significado histórico, na construção do Brasil, especialmente antes do encontro de ouro em Minas Gerais. É o local da prisão de Melchior Dias Moreia, neto de Diogo Álvares Correia, o Caramuru, em 16 de julho de 1619, por não ter entregado a mina de prata que descobriu, três décadas antes. A prisão foi efetuada pelo próprio governador-geral, D. Luís de Souza.

Na franja sudoeste da Itabaiana Grande, limite do Parque Nacional da Serra de Itabaiana; a 200 metros de Santa Dulce e 500, de local histórico e nascimento da lenda da prata (v. Paulo Setubal)… eis o Parque dos Falcões (a sede foi reformada recentemente, depois da foto).

Na fronteira sul do município ficam, do lado itabaianense, o povoado Ribeira, e vizinho, já no município de Campo do Brito, as Pias de Ribeira.
Trata-se de um conjunto de piscinas naturais, cavadas durando milhões de anos, na pedra calcárea, pela corrente do rio das Pedras, que ali formou mais um dos boqueirões entre as serras, que denominam o lugar, Domo de Itabaiana, ou, simplesmente, Itabaiana.
É, desde prisca eras visitado para relaxantes banhos. Quando a corrente está plena, geralmente no inverno, ainda se pode visualizar poderosa cachoeira, no limite do trecho das piscinas.

Saboroso banho, inclusive da História. E “Coisas que pra um cristão ver, tem que andar a pé”.

São atrativos, na zona rural, ainda pouco conhecidos, mas que prometem para o futuro: a área em torno da Serra do Pico, local da última batalha na Conquista de Sergipe; as ruínas da Igreja Velha, seis quilômetros a leste da cidade; e locais de origem de algumas lendas, como a Lagoa do Forno, lendariamente, originada das lágrimas do cacique Panema, arrependido depois de cometer feminicídio contra sua lindíssima Mbuçarãe; e o povoado Boimé ou Boimel, local da assembleia íncola, de condenação à maldição da tribo matapoan.
Na cidade, temos o local do milagre que canonizou Santa Dulce: a Maternidade São José; e a setecentista igreja matriz, de arquitetura iluminista e racional, da fase pombalina. É aconselhável uma visita a todas as outras das Sete Maravilhas da cidade: Feira, Colégio Estadual Murilo Braga, Filarmônica Nossa Senhora da Conceição.
Mas as atrações que moverão o grupo que chega amanhã, vão além do município de Itabaiana, e da própria grande Itabaiana, o que inclui seus municípios filhos.
Em resumo estão previstas:

  • Trilhas para o Parque Nacional da Serra de Itabaiana, e Parque dos Falcões;
  • Para a cachoeira de Macambira, e a Pedra das Araras, na vertente oeste da serra da Miaba;
  • Para a paradisíaca orla Pôr-do-sol, ao extremo sul da capital, Aracaju, e sua vizinha, a historicamente tão significativa Coroa do Goré;
  • Para a cachoeira do Saboeiro, já em terras lagartenses;
  • E finalizando com a trilha para os Poções ou Pias de Ribeira, já no município de Campo do Brito, porém, decerto passando pela bucolíssima Ribeira; e com visão privilegiada para um dos primeiros locais colonizados de Sergipe.

Como costumo dizer, em Itabaiana, portas, janelas, portões, cancelas, porteiras, passadiços, colchetes e, principalmente: os braços estarão sempre abertos. Escancarados. Tanto que às vezes pode até soar deseducação; mas é puro passional acolhimento.
Que sejam bem-vindos e voltem sempre.

 

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