O nome de Eduardo Amorim 62 anos completados no última dia 17 de maio, médico, jornalista e advogado, volta a ganhar força nos bastidores da política sergipana com vistas à eleição de 2026. Natural de Itabaiana, o ex-senador é figura já conhecida na vida pública do estado e se prepara para disputar novamente uma das duas vagas no Senado Federal por Sergipe, cargo que ocupou entre 2011 e 2019.
Eduardo representa um perfil raro na política brasileira: um político cuja trajetória é alicerçada na formação acadêmica e na atuação técnica. Anestesiologista especialista em dor, com formação internacional em Barcelona, é também graduado em Direito e Jornalismo — o que reforça sua imagem de intelectual da política sergipana. Ao longo de sua carreira pública, foi secretário de Saúde de Sergipe entre 2003 e 2004, deputado federal entre 2007 e 2011 — com a maior votação da história do estado — e senador da República entre 2011 e 2019.
Apesar de derrotas eleitorais marcantes, como nas eleições para o governo do estado em 2014 (contra Jackson Barreto)e em 2018 (contra Belivaldo Chagas), Amorim nunca deixou de figurar entre os nomes de maior influência na política de Sergipe. Nos últimos anos, mesmo fora do cargo eletivo, manteve atuação nos bastidores, especialmente junto ao seu irmão, Edvan Amorim, considerado um dos principais articuladores políticos do estado.
Em 2026, o desafio será grande. Duas vagas estarão em jogo e possíveis adversários incluem os atuais senadores Rogério Carvalho (PT) e Alessandro Vieira (MDB), além de nomes em ascensão como o deputado federal Rodrigo Valadares, o ex-prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira, e o ex-deputado André Moura, já confirmado como nome da base do governador Fábio Mitidieri (PSD).
Amorim articula alianças e pode contar com apoios de peso, como o da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), e do prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, ambos com forte apelo popular. Se por um lado é visto como um político mais discreto e técnico, por outro é reconhecido por sua profunda compreensão dos desafios sociais e estruturais de Sergipe, especialmente nas áreas de saúde e gestão pública.
O caminho até 2026 exigirá habilidade política, visibilidade e musculatura eleitoral. Eduardo Amorim, no entanto, aposta que sua bagagem técnica e política, somada à força do seu grupo, pode ser suficiente para convencê-lo de volta ao Senado.
