Vídeo viral expõe prática polêmica em universidade chinesa e levanta debate sobre privacidade e direitos das mulheres
Uma instituição de ensino superior privada em Pequim, na China, tornou-se alvo de duras críticas nas redes sociais após um vídeo viral mostrar uma suposta exigência absurda feita a alunas: comprovar visualmente que estavam menstruadas para poderem se ausentar das atividades acadêmicas.
A gravação, que circula desde o início de maio, mostra uma estudante confrontando uma funcionária mais velha dentro de um consultório. “Toda garota que menstrua precisa tirar as calças e mostrar para você para conseguir licença?”, questiona a jovem. A mulher responde: “Basicamente, sim. Esta é uma norma da escola.”
O local do vídeo foi identificado pela imprensa local como a clínica do Instituto Gengdan, uma faculdade afiliada à Universidade Politécnica de Pequim.
Em nota oficial, a universidade confirmou a autenticidade do vídeo e afirmou que a funcionária apenas seguiu um protocolo interno, sem explicar os detalhes do procedimento. A declaração, no entanto, não apaziguou a indignação online.
Nas redes sociais chinesas, usuários classificaram a prática como “humilhante”, “medieval” e uma clara “violação da privacidade e dignidade feminina”. Muitos exigem uma revisão das políticas institucionais e a responsabilização dos envolvidos.
A polêmica também reacendeu discussões mais amplas na China sobre os direitos reprodutivos das mulheres, saúde menstrual e a necessidade de políticas educacionais mais humanizadas e respeitosas.
Até o momento, o Instituto Gengdan não sinalizou mudanças no protocolo ou qualquer tipo de punição à funcionária envolvida. A pressão pública, no entanto, segue crescendo.