O esquema de roubo de músicas com o uso de perfis falsos no Spotify, revelado em abril de 2024 pelo UOL, foi desvendado como sendo controlado por uma única pessoa. Ronaldo Torres de Souza, cantor sertanejo, confessou o crime em 5 de dezembro e se tornou o primeiro preso por fraude em streaming musical no Brasil.
De acordo com o Ministério Público (MP), Ronaldo liderava uma rede de perfis falsos que disponibilizavam centenas de músicas roubadas de compositores reais. Para inflar a audiência, ele usava bots para simular reproduções das faixas. A investigação revelou que ele utilizava documentos falsos para cadastrar artistas fictícios nas plataformas, mas registrava seu próprio Pix como destino dos lucros gerados.
Como parte da operação, cerca de R$ 2,3 milhões em bens, incluindo carros, criptomoedas e outros ativos, foram apreendidos. O caso acendeu um alerta no mercado musical sobre o uso de tecnologias para fraudes, afetando artistas legítimos e plataformas de streaming.