Oito meses após o brutal assassinato de Cícero Bispo Neto, 72 anos, sua família ainda aguarda a liberação dos restos mortais para realizar o sepultamento. O caso, elucidado em outubro de 2023 com a prisão de três suspeitos, enfrenta entraves burocráticos devido à complexidade da cena do crime: o corpo foi esquartejado e totalmente incinerado, dificultando a confirmação formal da identidade.
Em entrevista o irmão da vítima, expressou frustração: “Com a tecnologia que existe hoje, não é para demorar tanto. Esperamos resolver isso rápido”. A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe afirmou que a demora ocorre justamente pela natureza do crime, que exige análises forenses minuciosas.
O idoso foi morto em circunstâncias violentas, e os investigados presos são acusados de ocultar o cadáver. Enquanto aguarda a conclusão dos trâmites, a família clama por celeridade para dar um adeus digno a Cícero.

Relembre o caso:
A Polícia Civil de Sergipe investiga um crime brutal ocorrido no dia 10 de agosto deste ano, em Aracaju. Um idoso de 72 anos foi assassinado, esquartejado e teve o corpo carbonizado em um terreno baldio no Bairro Santa Maria. De acordo com as autoridades, a vítima foi morta no mesmo dia em que oficializou, em cartório, uma união estável com uma das suspeitas.
As investigações apontam o envolvimento de três pessoas: um casal e um motorista de frete, contratado para ajudar no descarte do corpo. A vítima, que vivia sozinha há cerca de dois anos em uma quitinete alugada, tinha como locatária justamente a mulher com quem firmou o documento de união.
Conforme a apuração, o crime aconteceu dentro do imóvel onde o idoso residia. Após a morte, os suspeitos deixaram o local trancado e retornaram no dia seguinte para esquartejar a vítima e transportar os restos mortais até o terreno baldio, onde atearam fogo no corpo com o objetivo de ocultar o crime.