A Feira Livre de Itabaiana, um dos marcos da economia local, está passando por um processo de modernização e reestruturação com foco em melhorar a organização e a mobilidade para feirantes e frequentadores.
Segundo Eronildes de Jesus, conhecido como Galego do Mercado e coordenador da feira, a setorização dos produtos é uma medida determinada judicialmente. A Procuradoria do Município foi notificada para conduzir as mudanças necessárias.
Mudanças previstas
- Setorização por produtos:
- No Largo de Santo Antônio, ficarão concentrados os itens de vestuário, calçados e bolsas.
- As bancas de verduras, frutas e raízes permanecerão no mesmo setor devido ao volume elevado de comerciantes.
- Padronização das bancas:
- Será exigido que as bancas sejam feitas de ferro, substituindo as de madeira, para garantir segurança e uniformidade.
- Controle de espaços:
- Alguns feirantes precisarão reduzir o tamanho de suas bancas para atender às novas regras.
- Barricadas serão instaladas nas esquinas para impedir o trânsito de motos e carroças na área da feira.
- Corredores e infraestrutura:
- Haverá a criação de corredores mais abertos, facilitando a circulação de pessoas e mercadorias.
- O atacado continuará operando como está, já que houve uma redução no número de caminhões circulando na região.
Ação judicial e impacto local
A reestruturação é resultado de uma ação civil pública movida após denúncias de desordem feitas ao Ministério Público. A procuradora-geral do município, Márdilla Queiroz, destacou que a reorganização não é uma decisão exclusiva da gestão municipal, mas sim uma exigência judicial.
“Quero deixar claro que essa não é uma ação do gestor público, mas sim uma determinação da Justiça. Caso o município não cumpra as solicitações, poderá enfrentar penalidades severas, incluindo multas e interdição da feira”, explicou Márdilla.
Benefícios esperados
A modernização busca criar um ambiente mais organizado e funcional, que beneficie tanto vendedores quanto consumidores, além de atrair turistas. A prefeitura está em tratativas com os feirantes para garantir a transição, com o objetivo de que todos os envolvidos saiam ganhando.
“Estamos correndo contra o tempo para organizar a feira. No final, será uma melhoria que atenderá as demandas de todos os envolvidos”, concluiu Márdilla.