Entenda como funciona o ciclo de vida da pulga e como evitar uma infestação
Quando encontramos algum pet se coçando sem parar logo imaginamos que o bichinho pode estar infestado de pulgas, especialmente se é um cão ou gato que acabou de ser resgatado da rua, mas nunca imaginamos se esses parasitas podem atacar um ser humano ou causar algum tipo de problemas relacionados à saúde.
Seres humanos podem se infestar com pulgas?
A resposta curta para essa indagação é: sim. Os seres humanos podem ser infectados com pulgas, especialmente da espécie Pulex Irritans (uma das 3.000 espécies de pulgas conhecidas, e a mais comum).
Porém, ao contrário do que acontece com os pets, as pulgas não vivem na pele humana, isso se deve ao fato das pulgas utilizarem os pelos do animal como esconderijo para mantê-las a salvo da luz do sol. O mais comum de acontecer é de um ser humano entrar em contato com um animal infestado com pulgas e alguns espécimes saltarem para o corpo da pessoa, picar algumas vezes e logo saltar para o meio ambiente, para outra pessoa ou outro animal.
As pulgas ainda assim podem causar problemas
O ciclo de vida das pulgas envolve também a infestação de um ambiente. As pulgas fêmeas botam ovos no chão, em lugares escuros, aquecidos e de difícil acesso (muito comum nas ranhuras entre tábuas de madeira de um piso, ou em carpete) quando os ovos eclodem as pulgas jovem saltam para os pet, lá elas perfuram a pele para se alimentar de sangue até atingir a fase adulta onde podem acasalar para obter novos ovos. Uma única pulga pode gerar até 2.000 ovos durante sua vida (que dura, em média, dois meses).
Além da infestação desenfreada, as pulgas podem causar, tanto em pets quanto em humanos, vermelhidão na região picada, coceira, erupções cutâneas, inchaço e feridas (acompanhadas de sangramento). Em casos severos de infestações de pulgas em pets, pode ocorrer anemia por falta de sangue no sistema vascular do pet.
A pulga pode transmitir algumas doenças, como a peste bubônica (causada pela bactéria Yersinia pestis presente na saliva da pulga) que pode causar inchaço dos gânglios, febre, dores musculares, falta de ar e hemorragia cutânea podendo ocasionar a morte do infectado. Outras doenças que podem ser transmitidas a seres humanos através da picada da pulga são: teníase, bartonelose, tularemia e riquetsiose.
Como se prevenir
A principal forma de prevenir picadas de pulgas em humanos e pets é tratar tanto o ambiente onde elas podem botar os ovos, quanto erradicar a infestação nos animais de estimação.
Para eliminar pulgas de ambientes é preciso dedetizar o local. Existem produtos comerciais especializados no extermínio de pulgas como também receitas caseiras.
Já para evitar que o pet seja infestado, é preciso utilizar medicamentos preventivos, como o advocate gatos até 4kg para felinos e a mesma linha voltada para cães, esses remédios fazem com que a pele do pet tenha um cheiro repelente para os insetos e deve ser reaplicado algumas vezes no ano, conforme indicado na bula. Quando o animal já está infestado, o indicado é se consultar com um médico veterinário para que seja indicado algum produto direcionado para o pet, de acordo com o peso e idade do bichinho.
Créditos: chendongshan/iStock