O acidente que matou um passageiro na Linha 5-Lilás da ViaMobilidade nesta terça-feira (6) acendeu um alerta para falhas recorrentes nas portas dos trens do sistema metroferroviário de São Paulo. O homem morreu após ficar preso entre a porta do trem e a plataforma, em uma linha que opera sem condutor devido ao sistema automatizado CBTC (Communications-Based Train Control).
Semanas antes, um incidente semelhante já havia sido registrado na Linha 2-Verde do Metrô, operada com maquinistas. Na ocasião, uma mulher ficou prensada na estação Vila Prudente, na Zona Leste. Embora não tenha se ferido, o episódio foi gravado por passageiros e viralizou nas redes sociais. O vídeo mostra a mulher presa entre as portas, sem conseguir mover os braços, enquanto dois funcionários tentavam ajudá-la.
A diferença entre as duas linhas está no tipo de operação. A Linha 5-Lilás é totalmente automatizada, sem presença de condutores, o que pode atrasar a identificação de emergências. Já a Linha 2-Verde conta com operadores treinados, o que pode ter evitado consequências mais graves no primeiro caso.
O incidente mais recente resultou na paralisação da composição e causou superlotação na plataforma, intensificando as críticas ao modelo de concessão privada e à manutenção das linhas.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos e a ViaMobilidade ainda não divulgaram os detalhes técnicos do acidente fatal. Uma investigação está em andamento para apurar se houve falha no sistema de sensores ou negligência operacional.