ITABAIANA – 350 ANOS. Passos Porto, Maria Thetis, Fernando Nunes, Alberto Carvalho, Elias Andrade e Airton Teles. 

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Itabaiana – 350 anos. Passos Porto, Maria Thetis, Fernando Nunes, Alberto Carvalho, Elias Andrade e Airton Teles.
(por Antonio Samarone)

Antes do Murilo Braga, os poucos itabaianenses que se formaram: Fernando Nunes, formado em Direito, pela Universidade do Brasil, no Rio de janeiro; Maria Thetis Nunes; Alberto Carvalho; Passos Porto, o primeiro da turma de agronomia em Cruz das Almas, na Bahia; Elias Andrade, o melhor aluno de engenharia em Salvador e Airton Mendonça Teles, médico formado na Bahia, em 1947.

Airton Mendonça Teles (foto) nasceu em Itabaiana, em 07 de outubro de 1924, filho do líder político Manoel Teles e Dona Pequena. Deputado estadual e federal. Faleceu em 25 de junho de 1960, aos 35 anos. Acidente aéreo, na Baia de Guanabara.

Passos Porto nasceu em Itabaiana em 28 de dezembro de 1923, filho de Eliezer Porto e Ana Passos Porto. Fez o primário em Itabaiana, com a professora Maria da Glória Ferreira, numa escola isolada, onde todo o primário era ensinado numa única sala.

Durante a seca de 1932, Passos Porto vivia em Itabaiana, e fez um relato realista:

“Eu era criança, tinha apenas 9 anos, quando assisti a maior tragédia de um povo solidário e isolado, sem água, sem comida, sem recursos, importando até farinha de mandioca que, naquela época, vinha de Minas Gerais e se chamava farinha de barca. Para resolver o problema de comida dos retirantes, Maynard Gomes, que era o Interventor Federal, dava para cada sujeito, dois litros de milho em troca do trabalho suado da construção das rodovias Itabaiana/Frei Paulo e Itabaiana/Aracaju.” Passos Porto – Jornal da Cidade, 16/02/1992.

Em 1936, Passos Porto deixou Itabaiana, para fazer o curso ginasial, interno no Colégio Salesiano, em Aracaju. Fez o científico no Atheneu. Formou-se em 1946, sendo o primeiro da turma e o orador oficial.

Othoniel Dorea, chefe politico em Itabaiana, era casado com uma tia de Passos Porto. A sua entrada na política ficou fácil. O caminho foi a UDN, sendo apadrinhado por Leandro Maciel. Foi Deputado Federal por 4 mandatos e Senador da República. Como diretor-geral do Senado, Passos Porto levou Cosme Fateira, irmão de Chico do Cantagalo, para Brasília.

Mesmo tendo feito politica fora de Itabaiana, as suas raízes eram profundas. Casou-se com uma conterrânea, Maria Terezinha Santos Porto, irmã de Juca Cego. Passos Porto faleceu em Aracaju, em 2010, aos 86 anos.

Alberto Carvalho, nasceu em Itabaiana, em 03 de novembro de 1932, filho Ivo Carvalho (Seu Vivi alfaiate) e Maria Elisa (Dona Iaiazinha).

Quando menino, Alberto vendeu as tradicionais balas de café da mãe, no cinema de Zeca Mesquita. Formado em ciências jurídicas em 1956. Alberto Carvalho foi o primeiro itabaianense a ensinar na UFS. Alberto é o autor da letra do hino do Tremendão e dar nome ao Campus da UFS. Faleceu em 24 de abril de 2002, aos 70 anos.

“Minha infância em Itabaiana foi igual a qualquer menino: peladas, brinquedos rústicos, brigas em que sempre levava a pior e uma biografia rica: caxumba, sarampo, tifo.” – Alberto Carvalho.

Elias Pereira de Andrade nasceu em Itabaiana, em 20 de julho de 1920, filho de Pedro Pereira Andrade (Pedro de Cesário) e Dona Josefa Andrade. Irmão de Seu Filomeno e irmão por parte de pai, da famosa professora Maria Pereira.

Elias Andrade fez o primário no Colégio Tobias Barreto e o ginásio no Atheneu. Formou-se em engenharia na Universidade da Bahia. Ficou conhecido como Elias 9,8… pois nunca tirou uma nota menor, em nenhuma prova. Faleceu precocemente, em 10 de novembro de 1950, com apenas 30 anos. Acidente de avião, sobrevoando o aeroporto de Fortaleza.

Fernando Barreto Nunes, irmão de Maria Thetis, nasceu em Itabaiana, em 26 de junho de 1924, filho de José Joaquim Nunes e Maria Anita Barreto Nunes. Fez o primário com a mesma professora de Passos Porto e Elias Andrade, Maria da Glória Ferreira.

No mesmo caminho, Fernando Nunes veio para Aracaju em 1935, fazer o ginásio no Colégio Tobias Barreto, do conceituado professor Zezinho. Também fez o científico no Atheneu. Formou-se em Direito, no Rio de Janeiro. Em novembro de 1998, Fernando Nunes falece em Aracaju.

Já a historiadora Maria Thetis Nunes, também de Itabaiana, irmã de Fernando, fez o curso primário, com a professora Izabel Esteves de Freitas, carinhosamente chamada de Dona Bebé, responsável pela cadeira feminina.

A vontade de estudar, a seca de 1932 e o medo de Lampião, expulsaram Maria Thetis de Itabaiana. Ela Fez o ginásio no Atheneu. Foi aprovada em primeiro lugar no vestibular da faculdade de Filosofia da Bahia, aos 19 anos. Com certeza, Thetis foi o grande nome de Itabaiana, no século XX. Faleceu em Aracaju, em 25 de outubro de 2009, aos 85 anos.

“Em 1930, havia em Itabaiana quatro escolas primárias na sede, sendo duas para o sexo masculino e duas femininas e nove nos povoados. O ensino restringia-se ao primário. Até esse período não havia grupo escolar, esse só foi construído em 1937, na administração de Silvio Teixeira, incorporando as crianças dispersas em escolas isolada.” – Adriana A. Santos.

Antonio Samarone – médico sanitarista.

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