O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou nesta terça-feira (18) uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de ter ciência e concordado com um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo criminal no STF.
De acordo com a denúncia, o plano teria sido estruturado dentro do Palácio do Planalto e recebeu o nome de “Punhal Verde Amarelo”. Além do presidente Lula, o ministro do STF Alexandre de Moraes também seria alvo de um atentado. Segundo o documento, a organização criminosa planejava matar Lula por envenenamento e “neutralizar” o STF, o que seria um ataque direto às instituições democráticas do país.
A PGR afirma que o ex-presidente Bolsonaro adotou uma postura de ruptura com a democracia desde 2021, incentivando atos que buscavam desacreditar o processo eleitoral e instigar a população contra o sistema democrático. A denúncia ainda destaca que o Ministério da Defesa já havia emitido um relatório confirmando a inexistência de fraude nas eleições de 2022, o que contraria a narrativa sustentada por Bolsonaro e seus aliados.
O caso se soma a outras investigações em andamento que envolvem Bolsonaro e seu núcleo político, incluindo a tentativa de golpe de Estado e a orquestração dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.