Uma pesquisa inovadora conduzida por cientistas do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (DZNE), da Universidade Qingdao da China e da Universidade de Ciências da Saúde e Reabilitação desafiou a crença comum de que dietas restritivas impactam negativamente a libido. O estudo, realizado com camundongos machos em diferentes fases da vida, demonstrou que um regime específico de jejum intermitente pode, na verdade, aumentar significativamente a atividade s3xual. Durante os experimentos, os roedores foram submetidos a ciclos de 24 horas com acesso ilimitado à comida, seguidas por 24 horas apenas com água, a partir dos dois meses de idade.
Os resultados surpreenderam os pesquisadores ao revelarem que os camundongos submetidos ao jejum intermitente apresentaram maior atividade s3xual em comparação com o grupo de controle que se alimentava normalmente. Esse efeito positivo foi observado tanto em ratos jovens quanto em idosos, nos quais o jejum também preveniu o declínio da fertilidade associado ao envelhecimento. Segundo a publicação, a melhora comportamental pode estar ligada à capacidade do jejum intermitente de reduzir a inibição serotoninérgica dependente da idade, influenciando a disponibilidade do triptofano, precursor da serotonina, no cérebro.
Essa descoberta sugere que, ao contrário do senso comum, certas formas de restrição alimentar podem ter efeitos positivos na libido, abrindo novas perspectivas para a compreensão da relação entre dieta e desejo s3xual. Os pesquisadores destacam a importância de mais estudos para confirmar esses resultados em humanos e investigar os mecanismos biológicos envolvidos nesse aumento da libido induzido pelo jejum intermitente.