Gustavo Ferreira, de 20 anos, foi erroneamente preso por atraso no pagamento de pensão alimentícia, mesmo não tendo filhos, e passou pouco mais de 24 horas na prisão. O episódio ocorreu após a expedição de um mandado de prisão civil, que, segundo a Defensoria Pública do Distrito Federal, foi emitido por engano. Em audiência de custódia realizada na quarta-feira (29), o erro foi corrigido. “É bem chato não ter culpa de nada e ser levado. A pior parte foi o tempo que eu fiquei lá dentro sem ter culpa. Não desejo pra ninguém”, desabafou o jovem.
De acordo com os defensores, o processo que culminou na prisão de Gustavo começou em 2017, quando ele tinha apenas 12 anos, no estado de São Paulo, onde ele nem residia, e o seu nome sequer era mencionado no processo. Em 2025, a situação se agravou quando um mandado de prisão civil foi expedido por uma Vara de Execução Penal de Minas Gerais, culminando na detenção equivocada do jovem.
Após questionamentos da defesa e da Defensoria Pública, o juiz responsável confirmou que a emissão do mandado ocorreu de forma equivocada. O caso evidencia os riscos dos erros administrativos e ressalta a importância do trabalho da Defensoria Pública na correção de injustiças que podem afetar a vida de cidadãos inocentes.